Outra coisa que me afastou aqui do blog foi uma moça com quem ando a sair. Se ela descobrisse que eu tenho um blog destes deixava de sair comigo imediatamente. Aliás, eu até lhe disse que me chamava Alexandre só para ela não me associar ao nome deste gajo que escreve aqui no blog. Claro que ela agora se vier ler isto vai acabar comigo à mesma, mas já tive encontros que chegue, por isso, Paula, se leres isto, eu sou o Alexandre e sou um comido do cérebro.
Agora perguntam vocês os três (ouvi dizer que um dos 4 desistiu de vir aqui após tanto tempo sem haver publicações. É verdade? Alguém me pode confirmar isto? Ou foi só o Teófilo a armar-se em espertinho só para que eu o trate com mais importância porque agora só são 3 a contar com ele?) porque é que eu não disse que tinha um blog em que escrevia cenas que num dia em que vocês fumem muita erva até dão para rir? Perguntam-me ainda se o sentido de humor não é uma característica altamente valorizada pelas moças, até mais que o tamanho da pila. Deve ser, mas preferi assumir a postura de moço sério, do que tentar ser engraçado e fazer aquelas figuras que aqueles moços que pensam que são engraçados fazem.
E agora vocês perguntam (e se não perguntam vocês, pergunto eu por vocês): Mas oh Gary, qual é a diferença entre ser engraçado e pensar que se é engraçado ? E eu respondo:
- Quando és engraçado, os outros lembram-se do que disseste. Quando pensas que és engraçado, os outros só se lembram do que disseste ou fizeste porque alguém pôs um vídeo no Youtube que é dos mais vistos de sempre e até fazem bonecos na televisão a gozar contigo por seres um cromo;
- Quando és engraçado, as pessoas falam contigo naturalmente e riem-se do que dizes. Quando pensas que és engraçado, sempre que as pessoas falam contigo é para te pedirem para dizeres/fazeres algo estúpido que as faça rir. E tu fazes sempre;
- Quando és engraçado, as pessoas no geral, acham piada ao que dizes, quer estejam a ouvir, quer alguém depois conte a tua piada ou as tuas histórias. Quando pensas que és engraçado só os teus amigos se riem do que dizes e fazes. E alguns destes amigos fazem-no por pena ou então só te estão a passar graxa porque lhes dás alguma coisa tipo emprestar a PlayStation;
- Quando és engraçado, conquistas as moças pelo teu humor e é uma característica que apreciam em ti. Quando pensas que és engraçado passas melhor imagem junto às moças quando estás calado;
- Quando és engraçado, dizes algo com piada porque é a tua forma genuína de ser. Quando pensas que és engraçado, sempre que dizes algo que pensas que tem imensa piada olhas em redor a ver se mais alguém se riu e se alguém sequer te está a ouvir;
- Quando és engraçado, admites que tens humoristas que aprecias mais e tens um estilo de humor parecido. Quando pensas que és engraçado contas as piadas que ouves como se tivesses sido tu a inventá-las;
- Quando és engraçado, acabas por fazer figurinhas, mas fazes os outros rir. Quando pensas que és engraçado, fazes sempre figuras tristes e os outros acabam por abanar a cabeça em sinal de reprovação;
- Quando és engraçado, os outros querem-te bater por terem inveja de ti. Quando pensas que és engraçado os outros querem-te bater porque já não te aguentam mais;
- Quando és engraçado vês humoristas, dependendo do teu estilo de humor achas piada ou não. Quando pensas que és engraçado, qualquer humorista que vejas pensas sempre que farias muito melhor que ele;
- Quando és engraçado, os outros incentivam-te para criares um blog e, quando o crias, as pessoas aderem em massa e recebes toneladas de críticas positivas. Quando pensas que és engraçado crias um blog e um dos teus colaboradores é o Jorge Abel.
Por isso, Paula, desculpa lá, mas tu pensas que és engraçada e já me andas a meter um nojo que nem te consigo olhar de frente. Espero que leias isto, descubras que eu, Alexandre, sou afinal o Gary Gaivota e põe-te a milhas, por favor. Ah, e para não dizeres que eu sou insensível, vou-te deixar um conselho para o futuro: dizeres que o fígado não consegue ver bem ao longe porque está baço, não é uma piada, só é uma parvoíce!
P.S.: Infelizmente, descobri há bem pouco tempo que a piada do burro e do rissol, que achei ser a minha obra-prima e o meu legado enquanto ser humano era estúpida e isso deprimiu-me profundamente. No entanto, o que me retirou do blog este tempo todo foi mesmo a Paula. A moça pensava que era engraçada, isso chateava um bocado, mas era muito boa no que era mais importante, ou seja, fazia uns panados bem fritos mas sequinhos, sem saber a óleo. E no dia a seguir, comiam-se frios, no pão, e estavam bem bons ainda. Que saudades que vou ter dos panados da Paula ....
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