segunda-feira, 16 de julho de 2012

Provérbios que algumas pessoas não respeitam



Provérbios. Ditos populares que muitas das vezes encerram em si verdades absolutas de acontecimentos que ocorrem no quotidiano. Podem surgir sob forma de metáforas ou sob frases explícitas que caracterizam detalhadamente uma situação. 


Não fui a nenhum dicionário buscar esta informação mas quase que podia armar-me em culto e dizer que consulto dicionários para procurar definições. Nada disso. Faço como sempre fiz na escola: sei mais ou menos o que significa e enrolo a resposta com palavras bonitas e complexas para parecer que me andei a informar e a pesquisar sobre o tema. Nunca colou muito bem, por isso não percebo porque é que continuo a usar esta estratégia.


Mas adiante. Os provérbios são muito bonitos e consigo ver neles utilidade. Contudo, ao contrário do que era expectável, há provérbios que não se adequam a toda a gente. Simplesmente há pessoas que, no dia-a-dia age completamente contrariamente ao que alguns provérbios ditam. Vejam por vocês mesmos:



  • Parece-me claro que os violadores não respeitem o provérbio «não faças aos outros o que não gostas que façam a ti»;

  • O provérbio «a roupa suja lava-se em casa» seria o fim das lavandarias. Como as lavandarias têm clientes, todos eles violam o pressuposto deste dito popular;

  • Pela primeira vez no blog desde a sua criação, uma piada do Chuck Norris, para dizer que para este herói americano e universal, o provérbio «a união faz a força» não tem qualquer sentido;

  • Quando a polícia treina as suas equipas de cães, fazem-no esperando violar o provérbio do «cão que ladra não morde»;

  • Em tempo de jogos olímpicos, vão perguntar aos corredores de 100 metros se «depressa e bem há pouco quem»;

  • Não sei se os provérbios são universais ou determinados a um contexto específico. Isto porque se forem universais, acho que as pessoas do Hemisfério Sul não se revêem no provérbio «em Dezembro, treme de frio cada membro»;

  • Correndo o risco de ser insultado na próxima vez que falar com uma, acho que as mulheres violam consecutivamente o provérbio «escuta cem vezes e fala uma só»;

  • Tenho quase a certeza que os juízes não fazem valer o dito «ladrão que rouba a ladrão tem cem anos de perdão», nem me parece que isso venha no código penal;

  • Não me parece que aqueles drogados que pedem esmola na rua ou arrumam carros sigam muito o lema de «quem não tem dinheiro não tem vícios»;

  • Todas as religiões vão contra o provérbio «muita gente junta não se salva». Pelo menos é isso que esperam os que nelas acreditam, certo?

  • Vejo os antiquários a rezarem todos os dias para que ninguém se lembre que «mudam-se os tempos, mudam-se as vontades»;

  • Acho que os gandulos e elementos de gangs desrespeitam por completo o provérbio «antes só que mal acompanhado»;

  • «Mais vale lavrar o nosso ao longe do que o alheio ao perto» não me parece que seja muito condizente com a acção dos voyeurs (quem não souber o que é que tenha vergonha na cara e logo a seguir que vá ao google. Para quem for ao google, uma recomendação: procure sites de informação, não é preciso ver vídeos para se perceber o que é um voyeur);

  • Não me parece que os obesos mórbidos achem válido dizer-se que «gordura é formosura»;

  • Acho que aquelas ninfomaníacas com 4 mil amigos no Facebook vão contra aquele provérbio que diz que «bocado comido não faz amigo»;

  • Eu, que não percebo nada de crochet nem dessas coisas, não me revejo de maneira nenhuma no provérbio «cada um sabe as linhas com que se cose». E certamente há mais como eu por aí;

  • É sabido que os brasileiros, pelo menos 95% deles, andam quase sempre de calça branca. E não me parece que o façam só por causa do provérbio «calças brancas em Janeiro, sinal de pouco dinheiro». Eles gostam é de usar aquilo e de comer picanha;

  • Acho que o Tony Carreira não se revê claramente no provérbio «onde se chora não cantes». Aliás, estou bem seguro que ele faz de propósito para deixar as pessoas a chorar quando canta;

  • Não sou sociólogo nem estudioso dos fenómenos sociais, mas parece-me claramente que homens heterossexuais não agem conforme o dito «quem não tem marido não tem amigo»;

  • Por último, acho que o provérbio «mais vale cair em graça do que ser engraçado» não diz nada ao Jorge Abel quando vem para aqui para o blog escrever porcaria.




Felizmente eu mudei-lhe a password do e-mail e ele não sabe, diz que não se lembra de qual é e nunca mais veio para aqui escrever porcaria. Descobri que a password dele era «123456789». Na altura ele tinha dito que exigiam um mínimo de 9 dígitos na password. Então mudei-lhe a pass para «estamerdatemmaisquenovedigitos». Acho que ele nunca mais vai descobrir a password nova e vai ter que mudar de e-mail. O pior disto tudo é que depois sou eu que levo com ele quase todos os dias e não vocês.


Mas voltando aos provérbios, claro que no fim disto tudo eu questiono-me: será que os provérbios têm falhas, como um ser humano normal? Será que os provérbios têm limitações severas no que concerne à sua aplicabilidade no dia-a-dia? Ou será que sou só um burro que não percebe metáforas e leva tudo à letra?






P.S.: Para fazer esta publicação fiz uma pesquisa sobre todos os provérbios que existem e tenho a dizer que há alguns bem perturbadores. Um que me ficou na memória foi o «mulher que assobia ou é cabra ou é vadia». Mas ainda assim esse consegue ser mais realista do que o outro que me inquietou: «ganhá-lo como um preto, gastá-lo como um fidalgo». Sem dúvida, claramente adequado ao século XXI. Porque é que ainda há quem ligue a provérbios? É esta a minha pergunta filosófica para fim de post, uma nova moda que estou a tentar lançar.



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