Mas voltando ao tema que me fez voltar aqui ao blog quase uma semana depois ... Se calhar vocês os quatro perguntam-se porque é que não digo nada desde quarta-feira. Bem ... Se calhar não se perguntam e eu estou a perguntar por vocês. Mas mesmo assim vou dar a resposta: o meu nível de comido do cérebro subiu para comidíssimo, de tal modo que não tenho tido nada sobre o que refletir para postar aqui. Ok, sei que normalmente os textos já têm muito pouca qualidade mas nos últimos dias não iam ter nenhuma mesmo. Tipo este agora, que só estou a fazer à pressão para que depois não me digam: «Hey, oh Gary, já não escreves no blog há uma semana». Claro que quem ia dizer isto ia ser eu a mim próprio, mas assim evito isso na mesma.
Vamos então refletir sobre alguns nomes de peixe e o impacto que isto tem na comunidade:
- Tubarão: supostamente devia ser um nome que metesse medo por ser um animal mortífero. Mas o nome não mete medo a ninguém. Muito menos quando aqueles brasucas inventaram a música 'é a dança do tubarão, tubarão, tubarão'. Agora sempre que ouço a palavra 'tubarão' penso nessa música ou naquela piada do 'tu baralhas-me'. Se os outros peixes soubessem disto ninguém tinha medo dos tubarões;
- Atum: sem dúvida o nome mais poderoso entre os peixes. Aposto que se eles formassem um exército o grito de guerra ia ser estrondoso: «ATUUUUUUUUUUUUM». O grande problema para a reputação do atum é o facto de nem todos acabarem por ser Atum Ramirez e serem daqueles atuns xungas que se vendem nos super-mercados a 30 cêntimos a lata. Já viram o que é ser atum, o guerreiro do mar a vida toda, e quando morrer ser um daqueles atuns xungas de marca duvidosa? Mais valia ser como aqueles salmões que após uma viagem de 40 000 km são comidos por um urso mesmo antes de chegarem ao fim;
- Pargo: potencialmente o nome mais fixe entre os peixes. Se eu fosse um peixe adorava ser um pargo só por causa do nome. Ou vou chamar ao meu filho Vítor Pargo. Dá pinta. Parece nome de empresário;
- Sardinha: este nome foi muito bem sacado. Tal como acontece na sociedade, a sardinha é o peixe que existe em maior quantidade e é o peixe que mais se come. E, tal como no Mundo dos humanos, comer a pequenina é crime mas toda a gente come ...
- Robalo: potencialmente este nome mais parece de um prato moçambicano do que de um peixe. Aliás, se eu fosse um peixe, e se fosse um pargo gozava com estes por causa do nome deles;
- Bacalhau: devem ser os cristos do mar. Entre os peixes deve haver para aí uns duzentos ditados só com a palavra 'bacalhau'. E devem andar sempre sozinhos que ninguém quer estar à beira deles, principalmente na altura do Natal. Estar à beira de um bacalhau no mar nessa altura é morte certa;
- Lula: se o bacalhau é o cristo do mar, a lula é o amigo tone do bacalhau. Eu tinha um colega meu da minha turma no 5º ano que era o Lula e toda a gente lhe dava tanga. Deve ser mais ou menos o que acontece com a lula no mar. E os outros peixes só não gozam tanto com as lulas porque os primos delas são gajos grandes e maus, os polvos ...
- Pescada: são as prostitutas do mar. Porquê? Porque andam no mar a oferecer-se ao povo. Aliás, o nome é mesmo para isso: «sim, sim, pesquem-me .... Hmmm, gosto tanto de ser pescada». Mas pior que as pescadas é mesmo aquelas «pescadinhas de rabo na boca». Ainda têm dúvidas?
- Peixe-Espada: estes são os gandulos do mar. Ninguém quer estar à beira deles que é logo naifada. Imagino eu, se fosse pargo, sair à noite no mar e passar por peixes-espadas, ficava logo sem o dinheiro todo e sem as escamas que eles gamavam-me todo. Foge dos peixes-espadas no mar!
- Faneca: este peixe é tipo aquele gajo que vive na tua rua e que faz tudo: é alfaiate, tem uma mercearia, é jardineiro e, volta e meia, ainda pinta as paredes da casa do pessoal, arranja autoclismos e vai buscar gatos aos telhados. Tem bigode e é magrinho mas está sempre com uma bata de trabalho e camisa por baixo. No mar, a faneca é esse peixe, quem precisa de alguma coisa, vai ao escritório de alguma faneca que faz tudo;
- Dourada: são os meninos ricos do mar. Andam nos colégios dos ricos, têm grandes carros e os pais têm corais em seu nome. E, pior que isso, é que ostentam no nome que são ricos. Depois claro, quando são pescados, valem grandes pastas cá fora, é dos peixes mais caros.
Agora que penso bem, Gary Pargo não ficava muito bem, mas Vítor Pargo é grandioso. Se calhar vou mudar o nome do blog para «Pargos do Cérebro», tinha outro impacto. Ou não. Se calhar aí em vez de 4 perdidos que aqui vinham ler estes textos, só vinha eu e o Teófilo por ser bom amigo. O Teófilo, se fosse peixe, e eu fosse um pargo, ele ia ser o meu amigo Xarroco, que é feio mas que é fiel e está sempre ao meu lado. Apesar de não saber escrever no blog e deixar-me a mim sozinho a mandar postas de pescada. Eu não digo que a pescada é a prostituta do mar? Até a falar do Teófilo acabo por falar em pescada !
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