terça-feira, 31 de janeiro de 2012

A diferença entre ser gorda e ser uma rapariga normal

Todos temos maneiras diferentes de avaliar certas coisas. Para alguns, um pólo amarelo pode ser uma peça de roupa com glamour. Para mim é uma peça de roupa propícia a ser-se assediado pelo Joaquim Monchique para irmos almoçar com ele.

Também no que toca a avaliar as mulheres, todos possuem diferentes modos de avaliação. Se não, pensemos. Se virmos uma moça normal (já não falo nas outras, naquelas que um gajo buzina quando passa de carro) a usar umas calças de fato de treino, pensamos: «É uma rapariga atlética». Em alguns casos, podemos até considerar uma peça de vestuário sensual. Contudo, se virmos uma gorda, e daquelas gordas que devem ter 200kg em cada braço, a usar umas calças de fato de treino, o rótulo passa de «atlética» para «sucateira».



Mas esta diferença de avaliação não é só com as calças de fato de treino. Veremos mais exemplos:
  • Uma moça normal que fume, pode fazê-lo por ser uma atividade social. Uma gorda que fume e o primeiro pensamento que nos vem à cabeça é: «Afinal, fumar mata mesmo».

  • Uma moça normal que beba uma cerveja é aquela rapariga de sonho com quem podemos ir ao café. Uma gorda a beber uma cerveja é interpretado como sendo algo animalesco de se assistir.

  • Dá-nos pena ver uma moça normal a namorar com um moço assim para o feiinho. Podia arranjar melhor. Mas se virmos uma gorda com um moço feio pensamos que foi o máximo que ela conseguiu arranjar.

  • Uma moça normal que arrota pode gerar em nós uma de três coisas: ou nos rimos, ou a admiramos ou fingimo-nos de surpreendidos e pensamos que a partir daquele momento já posso arrotar quando quiser. Quando uma gorda arrota, se estiver perto de nós, a reacção é reter a respiração para não levar com o bafo dela.

  • Se virmos uma moça normal a ir ao McDonald's pensamos que perdeu a cabeça. Se virmos uma gorda no McDonald's ... Bem, também perdeu a cabeça.

  • Falando de comida, é engraçado que se virmos uma moça normal a comer qualquer coisa pensamos «bem, tem que se alimentar». Se virmos uma gorda a comer a única coisa que conseguimos pensar é «por isso é que está assim: GORDA!».

  • Se uma moça normal estiver a mexer no telemóvel durante muito tempo pensamos que deve ter namorado e está a falar com ele. Se uma gorda estiver a fazer o mesmo, pensamos que deve estar a jogar a algum jogo tipo à Serpente ou uma coisa assim.

  • Vamos ao dentista. Vemos lá uma moça normal. Pensamos que cuida da sua aparência e quer ficar mais bonita. Se virmos lá uma gorda pensamos é que quer ficar menos horrível do que é.

  • Por último, a roupa. Se uma moça normal estiver com roupa apertada, achamos sensual. Queremos é ver as curvas. Quando uma gorda aparece com roupa apertada, pensamos que devia haver uma lei que proibisse isso.


P.S.: Não sei como são os parâmetros de avaliação das mulheres no que toca aos homens. Mas a partir do momento em que existe o mito de que 'é dos carecas que elas gostam mais', a credibilidade que atribuo aos critérios de avaliação femininos é igual a zero.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Para além da pornografia ...

Pornografia. Toda a gente já viu pornografia. Homem que é homem gosta de pornografia. E mulher que é mulher já viu filmes pornográficos mas não admite porque parece mal. Contudo, há coisas no mundo da pornografia que continuo sem perceber. 


1) Os títulos dos filmes nem sempre são esclarecedores. Uma pessoa vê um filme com o título «Uma Pizza Familiar» sem ser na secção porno. Pega, vê a descrição e diz algo do género: 'Tom é um rapaz que entrega pizzas. Mas o seu dia está prestes a dar uma volta de 180 graus quando vai entregar uma pizza a casa de Mrs. Thompson'. Vendo bem, assim até parece uma sinopse de um filme de terror. Claro que depois há aqueles títulos como '27 centímetros e duas loiras' que não deixam qualquer dúvida sobre o conteúdo do filme.


2) As profissões dos actores porno nos filmes. Tirando os filmes que envolvem professores, professoras e polícias todas as outras profissões envolvidas, na vida real, não geram especial interesse nas mulheres. Não imagino num mundo real alguma mulher a desejar ardentemente que o canalizador vá lá a casa e duvido seriamente que alguma mulher os receba completamente nua. Pelo contrário, uma vez que ele vai lá, só querem que se despache rapidamente e se vá embora. Dos trolhas até fogem. Dos jardineiros, agora ninguém contrata jardineiros, vive tudo em prédios. Aquilo que os trolhas, canalizadores e jardineiros fazem às moças nos filmes, é o que, com muito dinheiro, os médicos, engenheiros e políticos fazem na vida real. 


3) O desajuste à realidade. Imaginemos o filme 'Uma Pizza Familiar'. Se o Tom vai entregar uma pizza a casa de Mrs. Thompson e está lá a tarde toda no regabofe acontece-lhe uma de duas coisas: 1) é despedido; 2) não recebe o dia de trabalho e ainda faz horas extra quando for entregar a mota. Mas a mensagem que os filmes porno nos passam é: 'crianças: não estudem. Abandonem os estudos, arranjem uma mota, vão para a Telepizza entregar pizzas, encavem moças a tarde toda e voltem amanhã'. 


4) O destaque dado às professoras e às enfermeiras é exageradíssimo. Lembro-me que, das minhas 760 professores que tive ao longo da minha vida, apenas 2 eram ao nível daquilo que se vê nos filmes pornográficos. O resto era tudo da faixa etária dos 60-70 e bastante volumosas (sei que há secções para isso na pornografia mas não vamos entrar por aí, por favor!). Mais, na maioria das professoras que tive, os óculos eram um adereço que ainda realçava mais a indesejabilidade que emanava dessas professoras. As enfermeiras igual. Sempre que fui levar injecções ou ao hospital, as enfermeiras eram gordas, feias e o facto da bata lhes ser apertada apenas me causava nojo. Onde estão aquelas enfermeiras que se vêem nos filmes?


Concluindo, os filmes pornográficos são como as novelas da TVI: tentam passar a imagem que estão ajustados à realidade, mas ao fim e ao cabo nada daquilo acontece realmente.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Sei que sou português porque ...

1) Bebo SuperBock e em nenhuma circunstância bebo outra cerveja caso haja SuperBock;


2) Quando vou ao estrangeiro pergunto se há SuperBock. Se não houver, encontro a cerveja dos gajos mais parecida à SuperBock. Em Espanha é Estrella Galicia. Nos outros sítios não sei.


3) Nunca, em nenhuma circunstância, acompanho uma francesinha com água, sumo ou coca-cola, mas sempre com cerveja.


4) Nunca deixo um amigo a beber sozinho. Se vem fino para um, vem para dois ou três. Acho que há um provérbio parecido com isto, mas assim parece-me mais adequado.

5) Todo o indivíduo que tenha os olhos em bico é chinês. Há quinhentas nacionalidades diferentes, certo, mas é chinês. E não interessa o resto.



6) Se tiver uma casa de banho a dez metros de distância e um muro a trinta metros, vou mijar ao muro. 


7) Não ouço todos os dias, não a tenho no mp3 e posso ficar meses sem ouvir, mas tenho uma tendência inata a saber as letras e a cantar música pimba. Especialmente sob a influência de álcool. 


8) Quando bebo, conduzo na mesma e até conduzo melhor. Nem nunca tive nenhum acidente por estar alcoolizado.

9) Não perco tempo a ver notícias sobre política. Estamos em crise, eu sei, mas aquelas notícias fundamentais vai haver sempre alguém que me diga. Por isso, não vejo.



10) O comando da televisão já está quase programado para a SportTv.

11) Tenho SportTv em casa mas quando vou ao café fico sentado a ver SportTv.

12) Uma vez aberta uma garrafa de vinho, tem que se acabar com ela.



13) Digo que no estrangeiro é que se ganha bem, mas em Julho e Agosto, quando os imigrantes vêm de férias, chamo-lhes «imigras» e faço todo o tipo de piadas sobre eles.


14) Enquanto os chineses constroem um prédio de 15 andares em 6 dias, eu invento 20 insultos e 10 expressões novas em 5 dias.


15) Buzino sempre que vou a conduzir e passo por uma moça de mini-saia.

16) Metade das conversas, histórias que tenho para contar ou motivos que me definem como português estão relacionados com o álcool.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

10 diferenças entre estar alcoolizado e estar sóbrio

1) Quando estás alcoolizado as pessoas riem-se das tuas piadas todas. Quando estás sóbrio, vês que ninguém acha piada ao que os bêbados dizem.


2) Quando estás alcoolizado és amigo de toda a gente. Quando estás sóbrio ninguém te liga a ponta de um corno.


3) Quando estás alcoolizado sabes as letras das músicas mais intrigantes do Mundo, até aquela toda esquisita dos O-zone, do 'numa numa hey'. Ou aquela do 'Asereje'. Quando estás sóbrio, reconheces que és horrível a cantar.


4) Quando estás alcoolizado vais a todo o lado, basta que as outras pessoas também vão. Quando estás sóbrio dizes que nunca foste nem irias a tal lugar.


5) Quando estás alcoolizado tiras fotografias com toda a gente. Quando estás sóbrio vais ao Facebook remover os tags.


6) Quando estás alcoolizado tens muito mais à-vontade para falar com moças e até consegues ter sucesso. Quando estás sóbrio dizes barbaridades sem nexo durante os encontros que ainda consegues ter.


7) Quando estás alcoolizado e conduzes, podes ter um acidente em que destróis o carro todo. Quando estás sóbrio tens acidentes em que destróis o teu carro e o dos outros.


8) Quando estás alcoolizado gastar dinheiro não é nenhum problema. Quando estás sóbrio nunca tens dinheiro para nada.


9) Quando estás alcoolizado és o melhor nos videojogos. Quando estás sóbrio nem sequer sabes jogar.


10) Quando estás alcoolizado queres ficar assim para sempre. Quando estás sóbrio, só queres voltar a ficar alcoolizado.


Conclusão: é a maior porcaria ser sóbrio. 


P.S.: Nada disto está comprovado em relação ao sexo feminino, mas a minha intuição é que a única diferença para esta lista é que mesmo sóbrias, as mulheres tiram fotografias com toda a gente e a toda a gente. Não percebo bem porquê, mas como também já estou alcoolizado a minha percepção das coisas não deve ser a melhor.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Lista de desculpas

Podia dizer-vos a verdade, a vocês os quatro que ainda vêm aqui ler o blog, mas prefiro mostrar como vos poderia ter dito de maneira a fazer com que se sentissem mesmo estúpidos ou que então simplesmente eu estivesse a tentar fazer com que vocês parecessem estúpidos ao acreditar .... Ao fazer de vocês parecerem estúpidos se eu ... Pronto, já não sei onde queria chegar.


Lista das piores (ou melhores, para quem achar que isto resulta) desculpas que poderia dar para não ter escrito no blog estes dias:


1) Faleceu um tio meu do qual só dei conhecimento às pessoas agora que ele faleceu;


2) Estive a estudar durante estes dias e nem sequer vim ao computador;


3) A minha namorada consumiu-me a atenção toda, porque eu gosto muito dela e só vivo para ela mesmo que ela não acredite que tenho uma prima chamada Carla e que costumo confundir o nome dessa minha prima com o de todas as mulheres que conheço e que até à minha mãe de quando em vez chamo Carla;


4) Não me apeteceu vir à net, a minha vida é mais do que ir ao Facebook e escrever no blog;


5) Não me deixaram vir à net mesmo que eu sentisse que era fundamental as pessoas falarem comigo e lerem os meus vómitos diários aqui no blog. O mundo está carregado de injustiças e de injustiçados e infelizmente eu faço parte dos últimos!


6) Estive em mudanças e não tive tempo de ir a um sítio com wireless ou a outro computador ou a casa de alguém que tivesse computador com net ou aos computadores da faculdade.


7) Estive muito ocupado com o meu círculo de amigos mesmo divertido, estivemos sempre a 'kórtir' noite fora e quando chegava a casa era comer, dormir e depois ir sair outra vez. Ufa, até cansa ser assim dos fixes!


Agora, como vocês os quatro chegaram até aqui após lerem isto tudo vou dar-vos a verdade de porque não escrevi no blog durante estes dias: porque sou um comido do cérebro.

sábado, 14 de janeiro de 2012

Questão Individual: Parte II

Será que daqui a trinta anos, quando o/a meu/minha filho/filha estiver a passar aquela fase da adolescência em que eles se sentem os maiores mas nós só queremos dar-lhes dois estaladões, quando os hi5's e os facebook's da altura servirem para declarações de amor horríveis (do género: 'és o príncipe/princesa encantada que surgiu na minha vida simplesmente do nada'), para fotografias muito cansadas (daquelas a fazer beicinho, com um '<3' feito no paint ou a fazer gestos obscenos a querer dizer 'olhem para mim, sou mesmo rebelde') ou para desabafos para chamar a atenção ('a minha vida é uma porcaria :(' ou o mítico 'a cada dia que passa sinto que ninguém gosta de mim') ainda vai haver Morangos com Açúcar???


Aquela porcaria vai em que temporada? Na quarenta? A TVI abusou com 'Anjo Selvagem', que cobriu as quatro estações do ano, mas 'Morangos com Açúcar' parece ser interminável. E mais: será que quando o/a meu/minha filho/filha vir a temporada 650 de Morangos com Açúcar na televisão os protagonistas vão ser algum neto do Tony Carreira, um sobrinho do Futre ou a Lyonce Viktória?


Quem quererá viver nesse mundo?

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

O estudo e as recompensas

Nunca pensem numa recompensa para dar a vocês mesmos quando acabarem de estudar porque enquanto tentam estudar, só estão a pesar na recompensa e acabam por parar de estudar para fazerem o que iam fazer se estudassem tudo.


Há vários tipos de recompensas: as moças pensam em comer um chocolate; os moços ditos normais pensam em ir beber uma cerveja geladinha; outros há que pensam em jogar 5 horas seguidas do seu jogo preferido; outros malucos vêem como recompensa irem ter com a sua namorada. A minha recompensa é conseguir estudar nos intervalos de pensar em 1500 coisas para fazer pelo meio. Em tempo de estudo, até aprendi a gostar de jogar Tetris.


Outro problema no estudo é as recompensas que damos a nós mesmos para nos motivarmos. Um exemplo pode ser: 'muito bem, leste 50 slides podes comer um pacote de Filipinos'. Nem sequer percebeste os últimos 47 slides porque só os querias ler para comer os Filipinos. Ou o Chipicao. Mas o Chipicao serve para 30 slides, porque depois dá fome e queres comer outro.


No sábado comi Chipicao. Comi dois. Vinha naqueles pacotes de cinco e eu comi dois. Bem bom. Agora vou voltar ao estudo. Daqui a 20 minutos como outro Chipicao. É a minha recompensa.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Questão Individual: Parte I

Se eu passasse por uma moça e lhe dissesse 'delícia, assim você me mata. Ai se eu te pego, ai ai, se eu te pego ...' ela levava isso a mal? Ou tinha que ser brasileiro e cantar isso enquanto uso uma camisa de flores e faço uma dança estúpida para evitar levar um estalo? 


E mais: será que dizer essa frase a uma moça é considerado menos ofensivo do que apitar quando passo de carro ou perguntar se é 91

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Coisas que evitas que te aconteçam em encontros (e no entanto acontecem sempre!)



Cruzares-te com algum familiar a quem tinhas dito que ias sair com uns amigos;


O moço que está a servir às mesas no bar onde vais é alguém que detestas;


Sair-te alguma piada estúpida que tinhas prometido a ti mesmo(a) que não ias dizer;


Começares a cantarolar uma música que começa a dar no sítio onde estás. Depois apercebes-te que estás a fazer figuras ridículas;


Passado uma hora e tal, apercebes-te de que estás com a camisola vestida do avesso;


Passa alguém que faz um comentário do género: «quem é essa gaja?»;


Mandas uma piada ofensiva sobre algo de que a pessoa gosta. Depois tentas desculpar-te e ainda te enterras mais;


Criticas um nome de pessoa. O pai/mãe/avó/avô/animal de estimação dessa pessoa tem esse nome;


Dizes que ter gatos é para pessoas que vão acabar a viver sozinhas com um gato. A pessoa com quem estás tem um gato (ou dois, ou três, ou vinte);


Passa uma pessoa bastante atraente e tu olhas. A pessoa que está contigo repara e fica aquele silêncio constrangedor, que só acaba com uma justificação tua muito cansada. Mais valia teres ficado em silêncio;


Antes de irem tomar café, dizes que hoje é a tua vez de pagar. Chegas ao sítio, tu pedes um café e a pessoa que está contigo pede um Bailleys;


Dás boleia à outra pessoa. Não deixas o carro ir abaixo há dez mil anos e só nesse dia/noite deixas ir abaixo duas vezes, bates no passeio ao estacionar e mesmo assim demoras vinte minutos para o fazer.


E é por isso que eu nos meus encontros nunca levo um pólo amarelo, senão ainda pensam que eu vou sair com o Joaquim Monchique.

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Mitos da Sociedade Moderna: Parte II

O pão. Durante toda a minha vida comi pão. Até ao fim da minha vida vou comer pão. Se formos a pensar até a própria religião aproveita o potencial do pão para ganhar crentes. O que é que se multiplicou? Pois é, os pães. Claro que também transformaram água em vinho, mas o pão é o assunto em que hoje nos vamos focar.


Mas se o pão ainda existe, porque é que é considerado pelo autor deste texto como um mito da sociedade moderna? Simplesmente, porque o conceito de «pão» há muito que foi eliminado.


O primeiro argumento é o mesmo utilizado para a charcutaria: não existe uma padaria, exclusivamente padaria. Agora a moda das padarias é aliarem-se a confeitarias e assim vendem pão e bolos. Depois juntam meia-dúzia de mesas e servem cafés. Com torradas, tostas mistas e cachorros, acabam também por ser um snack-bar. 
Pior que isso é que a maior parte da venda de pão, hoje em dia, se faz em super-mercados e mini-mercados, onde o pão vem naqueles sacos horríveis que têm 5,7 ou 10 pães. É que agora nem sequer nos deixam escolher quantos pães queremos levar! É o que eles querem ou não levamos nada.

O segundo argumento é ainda mais simples. Anteontem fui comprar o pão. Aqui em casa há divisão das tarefas. Eu vou buscar o pão e o resto é feito pelos outros. É um acordo justo. Mas adiante. Fui comprar o pão e cheguei à padaria/confeitaria/snack-bar mais perto de minha casa e pedi 10 pães. Eis o meu espanto quando a rapariga que me estava a atender me pergunta: «Que tipo de pão?».

Fiquei a saber que podia ser bijú, de centeio, de mistura, integral, de soja, de água, de cereais, italiano, tigre, bico de pato, de mel, de queijo, preto, saloio ou sueco. Agora já percebo porque é que as pessoas vão ao super-mercado, é só ver o que querem e levam em sacos. E se sobrar demais, faz-se torradas que também é bom e escusa-se de se transformar uma suposta padaria num snack-bar.

Conclusão: estragaram o pão, o conceito de pão. Desde sempre se falou em «pão para a boca» ou que «nem dinheiro tenho para pão». Agora não. Tinha que ser «nem dinheiro tenho para bijús» ou preciso de ti como de «pão de centeio para a boca». Acabou-se o pão. E temos que conviver com isso diariamente, já que até as antigas 'padarias', que só faziam pão, passaram a chamar-se 'Panificações'. E o conceito de pão passar a ser um mito.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

O pior que te pode acontecer em transportes públicos ...

Com o aumento crescente do preço dos combustíveis (sim, nós só publicamos parvoíces mas também nos preocupamos com estas coisas de gente importante) é natural que as pessoas se virem mais para os transportes públicos.
Sim, nós aqui só andamos de transportes públicos porque andar de carro fica caro, não somos como aqueles fritos dos japoneses que gostam de andar de Metro só para se sentirem esmagados duas vezes por dia.


Contudo, várias situações estranhas e embaraçosas acontecem a qualquer pessoa no dia-a-dia dos transportes públicos. Aqui vai uma lista de algumas delas (e para não nos apelidarem de sexistas, fizemos uma lista para homens e para mulheres!):




Homem:


Esqueces-te de levar o Mp3 (e agora vais ter que ouvir conversas muito cansadas, os barulhos das paragens ou os piores toques de telemóvel que alguma vez imaginaste. O pior toque de telemóvel é aquele que é um bebé a rir. Que horrível!);


Ficas ao lado de uma mulher que tem uma mala de 2 metros e que tem o telemóvel no fundo dessa mala (obviamente que quando o telemóvel tocar e ela for à procura dele, vai bater em ti para aí umas vinte vezes);


Sentas-te entre um grupo de adolescentes histéricas que ou estão a falar de como os homens são estúpidos ou de como o gajo do Twilight tem uns abdominais 'mesmo bons' ou de como 'kurtiram tótil' na noite passada;


Tens alguém ao teu lado que está a ler o jornal que estás a ler ou as mensagens de telemóvel que recebes e que estás a mandar; 


Teres dito a uma velhinha em que paragem devia sair, entrares no transporte e ela sentar-se ao teu lado e começar a falar do filho ou do neto dela que é igualzinho a ti;


Sentares-te em frente a alguém que cruza a perna de maneira a teres que te encolher para que o pé da pessoa não toque no teu joelho;


Uma moça de mini-saia e/ou com um super-decote senta-se à tua frente e tens que desviar o olhar para tudo o que é sítio menos para ela para não passares por porco;


Um casal de namorados senta-se à tua frente e começam na marmelada. Pior que isso, o moço é mesmo feio e a rapariga é muito boa! E vais o resto da viagem a perguntar porque é que tu não tens essa sorte (sejas solteiro ou não);


Uma mulher senta-se à tua frente e vai a viagem toda a maquilhar-se (sim, se eu quisesse ver programas destes na televisão passava o dia a ver Sic Mulher!);


Vês a tua ex-namorada com amigas mesmo boas e pensas: 'porque é que eu namorei com ela? Agora podia estar a encavar uma daquelas!'






Mulheres:


Esqueces-te de levar o telemóvel (tragédia !!!);


Sentas-te à beira de um moço que parece que nunca viu uma mulher na vida, tal a maneira que cola em ti;


Um idoso senta-se à tua beira e olha-te de cima a baixo;


Ouves algures no transporte dois moços a falarem da forma como gostam de encavar a namorada ou de como comeram quatro ou cinco só na noite passada;


Não te lembras de nada da noite passada e ouves a conversa daqueles dois moços;


Gostas de andar de transportes públicos porque ouves conversas de rir e nesse dia ninguém tem conversas interessantes de ouvir (o que é raro, mas pode acontecer);


Uma mulher senta-se à tua frente e começa a maquilhar-se. Inveja: ela usa uma maquilhagem mais cara e melhor que a tua;


Um homem senta-se à tua beira e parece que passou a noite a dormir num estábulo, tal o cheiro que exala. O pior de tudo é que estes homens costumam ser bastante robustos e então vai mesmo junto a ti que nem consegues ir ao bolso buscar uma chiclet;


Vês o teu ex-namorado a encavar uma moça muito mais gira que tu;


Passa uma mulher por ti que tem exactamente a mesma roupa que tu tens;

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Mais que marcas de bolachas

Já não é de agora que há marcas e slogans que nos deixam com a pulga atrás da orelha. A mim, quem me deixa com a pulga atrás da orelha é o meu irmão, que tem a mania de fazer essas coisas quando as pessoas estão a dormir. Mas as marcas de bolachas são as que mais fazem isso e menos dão nas vistas.


Certamente já todos repararam nos nomes de marcas de bolachas. Mas aposto que NINGUÉM reparou nas implicações pornográficas que os nomes e os slogans podem ter. As pessoas só acordaram quando apareceram as bolachas Nuku. Mas isso era óbvio demais, quase foi passar um atestado de burrice às pessoas !

Esses deram mais que nas vistas e estragaram o esquema aos outros todos. As bolachas Nuku desapareceram tão depressa do mercado como os Chipicao de Morango. Como ? Porque as outras marcas se uniram e fizeram-lhes a folha. E porquê? Para as outras marcas continuarem a sua passagem de mensagens subliminares.

Não acreditam ? Vejam por vocês mesmos:



Oreo (eram só pretas. Agora há pretas e brancas. E com recheio. Viva a sociedade multicultural, dizem eles);


Maria (a mais comida é a mais barata e vem em pacotes grandes);


Cuétara (não preciso de dizer mais nada);


Argolinhas (para aqueles moços com gostos esquisitos);


Morenazos (para aquelas moças com gostos esquisitos);


Filipinos (para ambos os sexos com gostos esquisitos);


Boa Vida (mas há melhor vida que ser actor pornográfico ? Tirando ter que se envolver com moças que provavelmente já tiveram gonorreia e que conduziram um Fiat Punto ...);


Triunfo (principalmente naqueles filmes em que o gajo mais feio do Mundo encava uma moça cem vezes melhor que a minha melhor namorada);


Levíssimo (normalmente os sites e as lojas que alugam os filmes têm uma secção dedicados a isto. Não percebo os que gostam destas coisas mas entre isso e comer bolachas integrais, venha o diabo e escolha...);

Dia Doce (estes quase não disfarçam. Com o slogan 'Momentos de Puro Prazer', se calhar queriam que pensássemos que só estavam a falar de bolachas ...);

Pois é, depois de tudo isto, a minha pergunta é: de onde é que acham que surgiu a expressão «levar no pacote» ? Pois claro ...

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Talhos: o fim de uma era.

Onde andam aqueles talhos que SÓ VENDIAM carne? Hoje em dia os talhos são também vítimas da mudança de paradigma da sociedade moderna. Vejam estas imagens chocantes e avaliem por vocês mesmos ...


Eis os maiores pesadelos que se podem encontrar nos talhos de hoje em dia:


1: Gelados
2: Batatas Fritas
3: Refrigerantes




4: Produtos Regionais
5: Homens com calças duvidosas                                           



6: Marisco 


7: Azeite
8: Papel Higiénico



9: Isto





10: O Super-Mário


segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Mitos da Sociedade Moderna: Parte I

Há coisas que no Mundo todos pensamos que existem mas que ao fim e ao cabo vamos ver e toda a gente já ouviu falar, toda a gente conhece alguém que conhece outro alguém que já viu algo que nunca ninguém viu senão ele ou aquela pessoa que lhe contou. Funciona assim com os extra-terrestres, com os 'chupa-cabra', com o nome Onofre e com os Chipicaos de morango. Juro que já todos me falaram no Chipicao de Morango mas nunca consegui encontrar em nenhum mini, super ou hiper-mercado. 


Outro dos mitos sociais que se perpetuam é o conceito de charcutaria. É que há talhos para a carne (ainda que alguns insistam em vender rissóis de pescada e de camarão e gelados), peixaria para os peixes e mariscos, frutarias para vender fruta, mercearias para legumes e afins (nas quais, após muitos debates, tenho que incluir os pacotes de batatas fritas) e esquinas de ruas para as prostitutas. Mas não há nenhuma charcutaria !
Se repararmos bem as charcutarias estão ou nos talhos, ou numa secção de super e hiper-mercados ou então, quando conseguem não estar em nenhum desses dois têm que se misturar com alguma coisa ! Sejam doces regionais, vinhos ou detergentes. Conheço um videoclube perto de minha casa que aluga filmes no lado esquerdo da loja e no lado direito tem uma prateleira com detergentes. Por acaso são bons, limpam nódoas de sangue e tudo.



 

Mas este tema das charcutarias intriga-me. Porquê negar-se a independência das charcutarias ? Isto é colocar a charcutaria ao nível dos churros, que têm sempre que estar numa barraca onde também se vendam farturas. E se repararem bem, nas festas populares, em todas as barracas de farturas há sempre alguém com bigode. Um tio meu tem bigode. Vou ver se deixo crescer eu também e posso tentar a sorte numa barraca de churros um dia destes. Desculpem, uma barraca de churros e farturas. 

domingo, 1 de janeiro de 2012

Porque é que a minha mãe faz de mim uma celebridade.

Tira-me fotografias em qualquer altura, especialmente quando estou a comer;
Tem altas expectativas sobre mim quando eu ainda não fiz nada de jeito até hoje;
Exige sempre mais do que aquilo que eu posso dar;
Hiper-valoriza os talentos que supostamente eu tenho;

Quer saber todos os pormenores da minha vida;
Procura arranjar-me namoradas a todo o custo;
Quer conhecer e aprovar todos os meus amigos (ou pelo menos dar uma opinião);
Faz de mim tema de conversa recorrente;
Presta especial atenção aos detalhes mais mínimos;
Julga-me quando me vê alcoolizado;
Cozinha para mim;
Fez-me .... E agora já não sei onde é que isto vai dar ...