segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Mitos da Sociedade Moderna: Parte I

Há coisas que no Mundo todos pensamos que existem mas que ao fim e ao cabo vamos ver e toda a gente já ouviu falar, toda a gente conhece alguém que conhece outro alguém que já viu algo que nunca ninguém viu senão ele ou aquela pessoa que lhe contou. Funciona assim com os extra-terrestres, com os 'chupa-cabra', com o nome Onofre e com os Chipicaos de morango. Juro que já todos me falaram no Chipicao de Morango mas nunca consegui encontrar em nenhum mini, super ou hiper-mercado. 


Outro dos mitos sociais que se perpetuam é o conceito de charcutaria. É que há talhos para a carne (ainda que alguns insistam em vender rissóis de pescada e de camarão e gelados), peixaria para os peixes e mariscos, frutarias para vender fruta, mercearias para legumes e afins (nas quais, após muitos debates, tenho que incluir os pacotes de batatas fritas) e esquinas de ruas para as prostitutas. Mas não há nenhuma charcutaria !
Se repararmos bem as charcutarias estão ou nos talhos, ou numa secção de super e hiper-mercados ou então, quando conseguem não estar em nenhum desses dois têm que se misturar com alguma coisa ! Sejam doces regionais, vinhos ou detergentes. Conheço um videoclube perto de minha casa que aluga filmes no lado esquerdo da loja e no lado direito tem uma prateleira com detergentes. Por acaso são bons, limpam nódoas de sangue e tudo.



 

Mas este tema das charcutarias intriga-me. Porquê negar-se a independência das charcutarias ? Isto é colocar a charcutaria ao nível dos churros, que têm sempre que estar numa barraca onde também se vendam farturas. E se repararem bem, nas festas populares, em todas as barracas de farturas há sempre alguém com bigode. Um tio meu tem bigode. Vou ver se deixo crescer eu também e posso tentar a sorte numa barraca de churros um dia destes. Desculpem, uma barraca de churros e farturas. 

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