Parece que vou fazer algum desabafo onde elogio o meu patrão para ver se ele vê e me aumenta o ordenado e onde manifesto dúvidas sobre se devo encavar uma moça ou não só por ela trabalhar na Contabilidade. Para aqueles que não perceberem isto, bem-vindos ao blog. Para aqueles que perceberem, o que é que ainda andam aqui a fazer? Se precisarem de um picheleiro o número do Lucindo vem na lista telefónica. O sogro dele exigiu que ele ficasse com o nome de família da mulher mas deixou que fosse o nome dele a vir na lista e não o da mulher. Até porque a mulher é dermatologista ou uma merda dessas e não trabalha ao domicílio. Se a quiserem encontrar vão ao hospital, se quiserem o Lucindo procurem na lista.
Ainda agora começou o texto e já disse «merda» uma vez. Duas se contarem com esta. Mas eu invoco a premissa daquele ditado «nunca digas nunca» em que diz para não dizermos «Nunca» mas só no provérbio dizemos duas vezes. Depois vêm os linguísticos dizer que essas duas vezes é só para dar o exemplo e não conta. Logo, só disse «merda» uma vez e não as 3 que vocês já viram a palavra escrita. Adiante. Aqueles que não forem mesquinhos o suficiente para estarem escandalizados com o uso de um palavrão tão cedo devem-se estar a perguntar sobre o que significa o título. Outros devem estar a perguntar-se porque é que eu nunca fui tomar café com o Lucindo ou nunca aceitei o problema de saúde como ele aceitou o dele. Se eu fosse como o Lucindo também estava aqui a escrever como sendo o Gary Lopes ou o Gary Tomilho. Casava-me logo com uma moça que tivesse «Tomilho» como apelido. A Paulinha não é «Tomilho» mas também não vou dizer qual o apelido para não irem logo pesquisar para o Facebook.
Assim, chegamos ao terceiro parágrafo da tradição onde eu explico o título. Hoje vou-me centrar numa questão muito específica. Se for novidade para vocês, já me começam a enervar com essa merda da novidade e de ser diferente. Por isso, vou partilhar alguns pontos de reflexão que me surgiram após, nas últimas semanas, ter jogado Monopólio mais que uma vez, com diferentes desfechos:
- Como diz no título, ou és pobre ou milionário. Quando estás bem, estável e contente com o que tens não podes simplesmente ficar assim e ires à tua vida. Não. Ou tens de ir à ruína e perder ou tens de construir um império e nadar em dinheiro e ganhares. Grande mensagem para os miúdos, sim senhor;
- Eu sempre joguei num Monopólio com escudos e onde comprava coisas a 2 contos e a 1 conto e 500. Depois, metem-me a jogar um Monopólio com euros e quando antes comprava casas por 1500 escudos, agora compro-as a 150 euros. Isso são 30 contos! Como é que eu me posso aguentar se estou habituado a uma coisa e depois tenho uma realidade bem diferente? E no Monopólio com euros metem para lá moedas, mesmo para confundir as pessoas;
- Por falar em moedas, as regras do jogo são chatas. Não posso ir aos pobres e atirar-lhes moedas, não posso fumar um charuto sempre que faço um grande negócio, não posso abrir uma garrafa de champanhe quando abro um hotel num sítio e não posso fazer desfalques ou lavagens de dinheiro. Assim claro que toda a gente acha o Monopólio uma seca e toda a gente prefere jogar poker ou à sueca;
- A grande diferença entre o Monopólio e ter relações sexuais é que se for só com outra pessoa não tem tanta piada do que se for com mais. Eu não sou daqueles moços que quer ir para a cama com duas moças. Já às vezes fico sem fôlego para aguentar a Paulinha, o que faria com duas. Ia precisar de muitas torradas com manteiga e não ia ser eu que ia fazer essas torradas. Mas adiante, no Monopólio, jogar só com uma pessoa acaba por ser chato porque se ganhares, só ganhas a um. Se perderes, és sempre o primeiro a arrumar e a ir à falência;
- Não posso voltar a confiar a 100% numa pessoa quando ela no Monopólio é boa a fazer negócios e consegue que eu faça aquilo que ela queria desde o início. Por exemplo, no outro dia, a jogar com o Artur dos pneus, que nunca falei aqui mas não é por o ter mencionado que agora vou contar a história da vida toda dele ou dizer que reprovou a Fisíco-Química no 9º ano porque queria ir para Humanidades no 10º. Estava a dizer, a jogar com ele, fez-me uma proposta muito alta por uma casa que eu tinha e depois disse que afinal não queria. Andei 5 jogadas a tentar vender-lhe a casa por um preço aproximado dessa proposta até que ele me disse que me comprava pelo preço que me tinha dito na primeira vez desde que eu pagasse o dobro quando calhasse lá. Depois disse-me que isto era o que fazia sempre na oficina. E eu que lhe comprei pneus ao dobro do preço dos normais porque ele me dizia que eram de grande qualidade! Afinal estava só a jogar Monopólio na realidade!
- Que as pessoas apanhem sempre o mesmo autocarro para irem para o trabalho, que comprem sempre os mesmos iogurtes porque é o que lhes sabe melhor, que tenham relações sexuais sempre com a mesma moça por uma questão de fidelidade e que vão sempre ao mesmo barbeiro por uma questão de princípio tudo bem. Agora, não entendo aqueles que jogam Monopólio e compram sempre as mesmas casas e ficam chateados quando não conseguem comprar as que querem! Tem uma piada fazer sempre a mesma coisa. Parece o Tolentino, que no Fifa joga sempre com o Rosenborg porque uma vez ganhou 50 contos no Totobola à custa do Rosenborg e nem vê as outras equipas;
- No Monopólio as pessoas não se importam de ir para a prisão e, quando vão, até parece uma coisa de criança. Ou pagam ou jogam nos dados e saem logo. Não há sofrimento na prisão, não há penhora de bens, não há nada. Era bem mais difícil sair da prisão quando jogava aos Polícias e aos Ladrões na escola. E quando eu era Polícia os ladrões bem sofriam que eu até incitava os outros Polícias a darem uma coça aos ladrões, já que eles estavam na prisão;
- Para terminar, quando ninguém está a ver pode-se roubar dinheiro do banco facilmente e ninguém nota, porque ninguém está ali a contar as notas. Tem é que se fazer bem feito. Mesmo assim, se alguém nos apanhar o que é que nos acontece? Se formos para a cadeia, no jogo, ali é uma brincadeira, não tarda estou a sair; se formos apanhados ou devolvemos o dinheiro ou acaba o jogo. Não há consequências graves de se roubar bancos e depois ainda aparecem aí séries com moços a assaltarem um banco para irem para a mesma prisão do irmão e tirá-lo de lá. Só bons exemplos para as crianças.
Pronto, por hoje é tudo. Agora vou pensar se vos volto a deixar aí por 15 ou 20 dias, enquanto o Jorge Abel vem aqui escorrer os seus desabafos desinteressantes e incongruentes na lógica. Ou enquanto o Teófilo vos promete mais regressos até nunca, enquanto o Tolentino descobre mais coisas que há-de odiar mas no fundo não odeia, que eu bem o vejo a consumir águas tónicas sempre que vou com ele a um bar de praia e enquanto o Lucindo publica cartas que escreve com tanto afinco como se estivesse a trocar as minhas torneias por uma misturadora. Caso mude de ideias e não quero que nada disto aconteça, venho para aqui falar de tudo o que me vier à cabeça. Por exemplo, venho traduzir algumas músicas que passam na rádio, ver como ficavam em Português e que artista as poderia cantar. Por exemplo, aquela da Rhianna, do «Debaixo do meu guarda-chuva» era uma música que eu imagino o Nuno Guerreiro a cantar. A voz é parecida e tudo.
P.S.: Não me perguntem como acabei a jogar Monopólio com o Artur dos pneus, uma parte dos anti-psicóticos que o Ramalho Drogas me orientava era dotar-me de memória e de consciência nestes momentos. Só sei é que joguei contra ele e sei que não fizemos o amor porque nessa noite dormi com a Paulinha e ela também me disse que jogou e que até me vendeu duas casas ao preço de uma. Não se pode misturar os sentimentos com os negócios, isso aprendi com o tio do Jorge Abel e com o Rebelo da mercearia, que me disse que se dava 100% no sexo com as moças, elas também tinham que lhe dar 100% do preço dos produtos na mercearia dele.
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