segunda-feira, 30 de abril de 2012

Campeonato de Futebol das Minorias

FC Blood: plantel jovem, com dois ou três jogadores mais experientes, que se uniam pelo seu culto aos rituais satânicos. Os contratos nesta equipa eram assinados através de pactos de sangue e os membros novos tinham que sacrificar algum animal e beber o seu sangue. 
Treinador: Marilyn Manson
Mascote: aquela estrela que os satânicos têm lá nos esconderijos deles.
Alcunha da equipa: Devils




Paílhos da Praça: plantel que mistura jogadores de todas as idades. A extravagância do seu equipamento prende-se com o facto de todos jogarem com camisolas de clubes diferentes indo desde camisolas do Real Madrid a camisolas do Aliados de Lordelo. Conhecidos por contestar as decisões arbitrais com facas e por terem a maior falange de adeptos, costumam levar entre 500 a 600 pessoas em cada jogo.
Treinador: O tio de um deles
Estádio: Feira da Vandoma
Alcunha da equipa: Gipsy Kings




Atlético dos Mineiros: equipa sempre em risco de levar falta de comparência por o árbitro não ver algum deles. A história do clube começou com os 7 anões que faziam jogos desequilibrados contra os «grandulas» que tinham equipas de 11 e levavam sempre grandes pingas. Com o aumento da percentagem de anões, o recrutamento tornou-se mais fácil. Um deles até chegou à selecção do Brasil, o Dunga.
Estádio: Palácio da Branca de Neve
Ídolo: Dunga
Patrocínio das camisolas: Danoninho




União Metalist Rock: equipa pouco dotada de talento mas com a característica saliente de que todos os seus membros possuem cabelo comprido, uma tatuagem algures no corpo com uma caveira e que todos levam guitarras eléctricas para os estágios da equipa. Sofrem poucos golos devido à sua agressividade e ao facto de todos se ouvirem através dos seus berros. Perante equipas de arbitragem mais rigorosas raramente acabam com 11 jogadores.
Estádio: não têm, partiram-no todo.
Hino: «People=shit dos Slipknot»
Maiores rivais: amantes do Punk




Desportivo Guerra Santa: conjunto muito consistente e muito aguerrido, conhecido pelas suas entradas duras e pela poderosa meia-distância. Sai cada bomba! Conhecidos também pelas suas tácticas arrojadas e que surpreendem sempre o adversário, fazem de qualquer jogo uma autêntica guerra contra o seu adversário. Não têm muitos adeptos fora do seu país, mas os seus adeptos são extremamente fiéis e fervorosos. Não consideram nas suas fileiras jogadores de outras religiões para além da muçulmana.
Maiores rivais: Cristãos, Hindus
Patrocínio das camisolas: Al-Qaeda
Alcunha: Os Bin Ladens




Clube Peso Leve: equipa muito rigorosa com os exames médicos e físicos dos jogadores que possa eventualmente contratar. Tem o historial de mais de 40 jogadores que já foram despedidos por justa causa por terem ganho peso. Os seus maiores rivais são os gordos e a sua maior luta é contra a FIFA para a penalização da carga de ombro com falta para cartão amarelo.
Patrocínio das camisolas: Finíssimos Nobre
Ídolo: Fininho
Alcunha: Os Palitos




Yao Ming Jiu Jitsu: com jogadores com uma cultura táctica assinalável e um sentido de oportunidade tremendo, o clube atravessa uma das suas melhores fases, chegando a abrir várias escolas de formação por todo o país, que servem de recrutamento de novos talentos. Desde a sua cotação em bolsa nos mercados europeus, tem tido uma palavra a dizer no mundo do futebol, comprando parcelas de vários clubes e assinando vários contratos milionários. Nunca se livraram da fama do escândalo de terem removido um rim a alguns dos seus funcionários para os venderem a hospitais para pagarem salários aos jogadores.
Estádio: Arena Jackie Chan
Patrocínio das camisolas: Kung Pao Spicy Sauce
Alcunha: Os «Charters»




Associação Cisnes Negros: os «patinhos-feios» da Liga. Todos que jogam contra eles os odeiam. Ninguém gosta deles. Não que a equipa seja a mais titulada ou a que tem mais adeptos, mas ganhou a animosidade de todas as outras equipas. Reúne jogadores das mais variadas nacionalidades mas todos com a característica de serem de raça negra. O seu equipamento é todo preto e é proibido pela direcção a cor branca nas camisolas. Já foram ameaçados de expulsão da liga quando existia a equipa do Ku Klux Klan.
Estádio: Black Power
Patrocínio das camisolas: Lixívia Ariel
Treinador: um branco qualquer, desde que fale francês.




A Liga de Futebol das Minorias (LFM) recebeu um requerimento de uma equipa composta por Testemunhas de Jeová para participar nesta liga, mas como ninguém gosta de os ouvir e ninguém lhes passa cartão, este requerimento perdeu-se algures nas gavetas da LFM. Ou no caixote do lixo. Basicamente, nem sequer viram que era um requerimento para participar na liga, viram que eram Testemunhas de Jeová e fingiram que ouviram e mal eles foram embora deitaram tudo ao lixo.

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Programas de televisão que eu não iria perder

«O Preço Certo»: um programa em que assassinos profissionais expunham os seus trabalhos mais ou menos elaborados, mais ou menos complexos e onde os participantes tentavam adivinhar quanto custou o trabalho todo a quem o encomendou. Quem ganhasse as provas sucessivas, tinha direito a um assassínio grátis de uma pessoa à sua escolha.


«A tarde é sua»: um programa interactivo em que 5 participantes licitavam entre eles por uma acompanhante de luxo francesa chamada Gabrielle Tarde. Quem licitasse o valor mais alto teria a tarde toda para ter relações sexuais à bruta com a Tarde. O programa era também recheado de questões pessoais sobre a vida dos participantes.


«A tua cara não me é estranha»: neste programa, vítimas de violação, burla ou espancamento iam visitar os agressores à prisão. Se estes reconhecessem as vítimas, estas ganhavam 600€ e dois dias num spa.


«Dá cá mais cinco»: um programa onde 2 ninfomaníacas disputam 5 modelos através de provas de conhecimento geral. No final, a ninfomaníaca que tivesse mais pontos ganhava o direito a ser sexualmente humilhada pelos cinco modelos, um de cada vez ou em simultâneo. A que perdesse tinha o direito a que o seu número passasse em rodapé durante 30 segundos.


«O elo mais fraco»: programa interactivo em que 12 concorrentes levam, à vez, com uma ripa de madeira nas costas. De ronda para ronda, a ripa vai sendo mais pesada e vai atingindo diferentes pontos da coluna. Quem cair ao chão após levar com a ripa é eliminado. O último a cair ganha um vale de fisioterapia grátis para a reabilitação da coluna e 500€.


«O último a sair»: 3 bandos de grunhos vão assaltar museus, bancos ou ourivesarias. Cada bando escolhe o que quer levar e procura cumprir a sua missão. Mal os bandos entrem no museu, a produção chama a polícia. O último bando a sair, é agredido e preso em directo na televisão para gáudio dos espectadores.


«Jardins Proibidos»: jovens delinquentes invadem condomínios privados para urinarem nos jardins desses mesmos condomínios. O primeiro a conseguir fazer isso e sair do condomínio sem ser detectado ou apanhado ganha 300€.


«Doce Tentação»: grupos de 20 obesos são colocados numa loja da Hussel até que 19 caiam em tentação e ou comam tudo o que puderem ou saiam a correr da loja. O último a cair em tentação pode levar para casa o seu peso em doces.


«Peso Pesado»: indivíduos magros, sem qualquer experiência de luta, entram em ringue para uma luta de vale-tudo contra antigos ou actuais campeões das mais variadas artes marciais. Não há restrição de golpes e quem ganhar a um dos «pesos pesados» vai para casa com 2000€. Quem perder, não leva nada.


«Portugal no coração»: este programa mostrava, em direto, cirurgias ao coração feitas por cirurgiões portugueses, desde implantação de bypasses até cirurgias de alto risco. O grande atractivo deste programa é que nunca se sabia se as cirurgias iam correr bem ou mal.


«Quem quer ser milionário?»: 20 sem-abrigo, imigrantes ilegais ou estudantes universitários eram seleccionados para prestarem todo o tipo de provas que fossem eliminando um ou mais concorrentes de cada vez até ficar apenas um. Esse venceria o grande prémio final que iria mudar a sua vida: 250€. 


«Gosto disto!»: programa em que 10 anónimos eram sentados a uma mesa e vendados. Iriam comer todo o tipo de iguarias e «pratos especiais» como ou beber bebidas exóticas sem lhes ser prestada qualquer tipo de informação sobre o que tinham à frente. Quem se recusasse a comer ou beber alguma coisa era excluído. Passava à próxima fase quem conseguisse comer ou beber o que lhe era dado e dissesse 'Gosto disto!'. Mantinha-se esta sequência até ficarem apenas dois para a grande final. Depois, os 8 entretanto eliminados escolhiam o pior da comida ou bebida que tinha sido apresentada até então. A final consistia em servir a iguaria seleccionada pelos 8 eliminados aos dois finalistas em voltas sucessivas até um deles desistir. O vencedor ganhava 1000€.


«A minha família é uma animação»: câmaras em directo de casa do Jorge Abel para os telespectadores o verem apanhar porrada da mãe, do irmão, do pai, dos amigos do irmão, do marido da dona Rosa, de mim e do Teófilo, do Ramiro e do tio dele.




Agora digam lá se ver televisão não se tornaria uma actividade muito mais interessante?






P.S.: Pessoalmente fazia-me jeito que houvesse o «Preço Certo». É que preciso de aviar um moço a quem devo 350 contos de dívidas da lerpa e ele já descobriu o meu Facebook. É pior que descobrir onde vivo!




segunda-feira, 23 de abril de 2012

Coisas que ouves facilmente naquelas músicas que passam na televisão

Cada vez mais acho que a música portuguesa é a mais original do mundo. Ok, não percebo nada do que os alemães dizem e muito menos os russos, mas não devem dizer grande coisa senão na escola aprendia-se alemão e russo como se aprende inglês. E havia por aí setecentos mil institutos de alemão como há oitocentos e quarenta mil institutos de inglês. E os Rammstein não eram obrigados a cantar em inglês para se fazerem entender.


Os franceses também não dizem nada de jeito. Ou se calhar até dizem mas sempre que ouço alguém a falar francês lembro-me dos meus testes de Francês na escola, em que mesmo a copiar não conseguia passar dos 60%. Está certo que não percebia o que escrevia, nem o que copiava, mas ainda hoje não estou certo se eu sou muito burro ou se era a professora que não gostava de mim e me queimava.


Mas voltando ao tema original ... A música portuguesa tem alguém que usa a garagem da vizinha, tem outra que diz que gosta de levar no pacote, tem outro que diz que é amor o que sente no seu coração, tem outro que fala no que aconteceu atrás da igreja naquele baile de verão e tem outra que se questiona qual a influência da ex-mulher na vida do seu novo amor. Portanto, tudo diferente, cada qual com a sua mensagem, umas mais profundas que outras (pessoalmente, e já o afirmei num outro post que duas pessoas leram, a «garagem da vizinha» merecia um estudo sociológico tal a profundidade da mensagem da música. E a profundidade da garagem também) mas, no fundo, todas são originais. Algo que não acontece com as músicas noutros idiomas.


Já nem vou falar dos brasileiros, que se não tiverem numa música as palavras 'se te pego', 'no meu pedaço', 'gata', 'mulher solteira' ou 'bara bara bere' não é uma música brasileira genuína. Nem vou falar nos espanhóis, que estou seguro que fazem as músicas a partir de guiões de filmes porno. Vou falar sim das músicas em inglês. Daquelas que passam na rádio e na televisão. Mas quando digo televisão é MTV ou Morangos com Açúcar. A sério, há algum programa de televisão que passe música mais xunga que os Morangos com Açúcar? Sempre prefiro a banda sonora de lágrimas e choro das tardes da TVI ou da SIC do que a banda sonora dos Morangos com Açúcar.


E as bandas que eles formam na novela? Quem se lembra daqueles, dos 4 Taste? Algum deles ainda canta agora ou só enganaram as pessoas e a eles mesmos durante a novela? E eles chegaram a vender algum disco? E será que ainda se vendem discos dos 4 Taste? Bem, mas não nos vamos focar nos 4 Taste senão não tenho mais nada para dizer.


Vamos então ver coisas que facilmente se ouvem naquelas músicas em inglês que passam na televisão e na rádio. E quando digo inglês digo também aqueles romenos que cantam em inglês:



  • Never leave you again (esta é um clássico);
  • Baby I love you (música que é música tem isto lá para o meio);
  • I don't want to loose you (normalmente, no videoclip, nesta parte quem canta aparece quase a chorar);
  • Let's party (não tem a ver com as anteriores, mas é um must);
  • I need you in my life (não diz necessariamente, «in my life» mas em 80% das vezes aparece assim);
  • You're beautiful inside (normalmente quem canta isto quer mesmo convencer-se que é verdade);
  • You're the love of my life (traiu a pessoa em questão, mas não deixa de afirmar isto);
  • I've been looking for you;
  • You broke my heart (outro clássico. Mas esta até tem a sua piada);
  • Nothing compares to you (até arranjar um novo amor e dizer o mesmo a essa pessoa);
  • Baby please forgive me (sim, sei que fiz grande merda mas quero é que me perdoes);
  • I'm by your side (claro que sim ...);
  • Always on my mind (quem é que quer acreditar nisto?);
  • My heart belongs to you (diz um dador de órgãos);
  • You make me happy (que lindo ...);
  • I'm better with you;
  • Can't stop loving you (outro clássico);

Se a música for do 50 Cent ou de outros que queiram copiar o 50 Cent porque ele é que é o verdadeiro rapper (o Eminem também é bom mas como é branco parece como aqueles caniches que vão na rua e ladram a bulldogs ou brancos a tentarem afundarem na cara de um preto num jogo de basket. É simplesmente improvável que consigam fazer alguma coisa) tem as mesmas expressões mas com as palavras 'sexy', 'bitch', 'fuck' e 'nigga' lá para o meio. Ou aparecem mesmo todas juntas. 

E se houver pretos na música, no videoclip eles estão de oculos de sol. Vocês os três já repararam como em 90% dos videoclips os pretos estão de óculos de sol, seja qual for a situação em que se encontram?


quarta-feira, 18 de abril de 2012

Declaração de amor

Hoje vou fazer uma coisa diferente. Vou fazer uma declaração de amor. E vou fazê-lo porque como sou eu que mando nisto posso fazer o que me apetecer. Acho que o Teófilo se esqueceu da password do e-mail. Pior que isso não se lembra do nome do primeiro animal de estimação. Aliás, segundo ele, nunca teve nenhum, mas já escreveu lá 'nenhum' e aquilo deu erro. 


Depois temos o Matthew Praias, que desde que fez o retiro nas Bahamas nunca mais ninguém soube nada dele. Acho que isso é bom, é sinal que ele está bem. Se estivesse preso, se tivesse sido raptado ou se tivesse sido feito o escravo sexual de um travesti também se sabia, que ele ligava ao pessoal. E as Bahamas estão cheias de travestis. Na Tailândia há mais e em Hong Kong mas nas Bahamas também há muitos. Quando o Matthew não liga a ninguém é porque está com moças.


Por último, ainda há o Jorge Abel. Esse não se devia importar de ser o escravo sexual de um travesti, mas não é. Uma vez levamos o Jorge Abel a Espinho e dissemos que estávamos no Hawai e ele só se apercebeu que não era o Hawai quando viu a placa da saída para o Picoto, quando vínhamos embora. Segundo ele, só existe uma terra chamada Picoto em Portugal. O que não invalida que ele não tenha sido feito o escravo sexual de um travesti de Espinho. Mas em Espinho não há disso. Só em Picoto. Mas mais, o Jorge Abel escreve para o blog de vez em quando, só quando tem problemas emocionais profundos e precisa de desabafar com alguém e, como não tem amigos, desabafa para as três pessoas que lêem os posts dele.


Claramente nenhum dos três manda aqui, o que nos leva até mim e ao facto de poder fazer o que me apetece no blog. Não tenho concorrência e não tenho leitores, basicamente até podia por uma foto minha nu a abraçar um urso de peluche cor-de-rosa que ia ser indiferente. Mas como não sou desses moços que tiram fotos nus para por na net, decidi fazer outra coisa. Uma declaração de amor. É uma coisa diferente mas preciso de me retratar depois do último post, em que fui acusado de ser insensível e machista. Não sabia que ser machista era mau. Para mim, até me terem chamado isso e explicado o que significava, ser machista era cortar a barba com Gilette, gostar de filmes do Rambo e não gostar daqueles moços que gostam de ser chicoteados durante o sexo.


Então, para contrariar o rótulo de machista que me puseram do último post, aqui vai a minha redenção:


Escuta-me ...


Quero chegar a casa e saber que estás lá para me receber.
Quero passar os melhores momentos do dia contigo.
Quero curar as minhas insónias e dormir profundamente em ti.
Quero desligar para o mundo quando estou contigo.
Quero que os meus amigos me digam que passo tempo demais contigo e tentem, à força, tirar-me da tua beira.
Quero que a minha família te conheça e saiba o quanto gosto de ti.
Quero partilhar contigo momentos únicos.
Quero que envelheças a meu lado.
Quero-te sempre por perto.
Quero encontrar coisas em ti que nunca pensei encontrar ou julgava perdido para sempre.
Quero ver filmes, desporto, séries, sempre contigo ...
Quero que saibas que, aconteça o que acontecer, nunca te vou esquecer.
Quero passar momentos maravilhosos contigo, debaixo de um cobertor ou de uma manta.


Adoro-te, sofá. Mesmo que não sejas daqueles da Pikolin que endireitam a coluna. Desculpa, isso são colchões, mas mesmo assim troco-te pelos colchões da Pikolin, porque podes não ser perfeito mas és o meu sofá.






P.S.: Depois desta é impossível chamarem-me machista ...



segunda-feira, 16 de abril de 2012

As moças deviam vir com um manual de instruções

É uma ideia antiga. Vem do século XIX ou inícios do século XX. Ou então pensei nisto enquanto dava uma longa e solitária mija e quando acabei liguei o computador e vim ao blog. Claro que lavei as mãos antes. Por falar nisso, no outro dia estive 20 minutos à beira de uma casa de banho de moças e não ouvi uma única vez a torneira de lavar as mãos. Quer dizer, queixam-se de que os homens nunca lavam as mãos (e, pelo que vejo, até é uma percentagem consideravelmente acima dos 20% que lavam as mãos, o que é excelente) e ou têm uma torneira e sabonete ao lado da sanita ou então também não lavam as mãos.


De qualquer maneira, as moças deviam vir com manual de instruções. É uma ideia que defendo desde que dei aquela mija. No top das minhas mijas deve ter sido a 13ª. No meu manual de instruções vinha lá um top10 das minhas melhores mijas. Bem, mas eu sou um comido do cérebro. Mas voltando ao assunto principal desta publicação, porque é que as moças deviam vir com manual de instruções?



  • Tudo o que é importante vem com manual de instruções. Dito assim até parece que estou a fazer das moças uma coisa fundamental na nossa vida, mas bem vistas as coisas, o champô vem com instruções, aqueles sumos instantâneos, o Tang, vem com instruções e até a roupa vem com aquelas etiquetas a dizer se se deve lavar à máquina ou à mão e a que temperatura. Basicamente, as moças também deviam vir com manual de instruções porque tudo vem.

  • Se as moças viessem com manual de instruções, finalmente o homem tinha liberdade de escolha. Se eu não souber qual a novela que a moça com quem estou mais gostou entre 1998 e 2001, se não souber a história de como os pais dela se conheceram ou se não souber qual a novela que gostou mais desde 2001 (porque «o clone» foi imbatível), estou feito. No entanto, com o manual de instruções posso saber isso facilmente, OU NÃO. Ia ser minha escolha. Mais que isso, se fizesse uma porcaria do género de não saber qual a cor preferida em écharpes (palavra homossexualizante para 'lenço de pescoço') podia simplesmente dar-me ao luxo de dizer «não li essa parte do manual. Não achei minimamente interessante».

  • Tal como na roupa e outros produtos tipo DVD's, as moças que não viessem com um manual era de desconfiar a qualidade. Ou eram usadas, ou tinham algum defeito (mais do que os habituais) ou eram moços que agora eram moças. 

  • Com um manual de instruções original, o FaceBook poderia deixar de servir para esse propósito de recolha de informação fácil. Além disso, os manuais de instruções actuais chamam-se livros de auto-ajuda e toda a gente tem vergonha de os comprar. Também já repararam nos títulos dos livros de auto-ajuda? Nem posso andar com aquilo na rua que toda a gente nota que é um livro de auto-ajuda. «Aprenda a ser feliz com a sua vida». Realmente originalidade não lhes falta para aqueles lados ...

  • Um manual de instruções evitaria aquele momento em que tu dizes algo do género «porque eu sei que as orquídeas são as tuas flores preferidas» e quando pensas que te vais sair muito bem a reacção da moça é «Não ... Odeio orquídeas». Confundiste-a com a tua anterior relação.  

  • Mais facilmente víamos, através de um manual de instruções, se a nossa relação era muito desactualizada em comparação com outros modelos mais recentes.

  • Sabíamos de antemão as potencialidades de uma moça em vez de estar eternamente à espera. Escusávamos também aquelas notícias do género «Não, claro que nunca pensei fazer uma ménage contigo e com a minha melhor amiga que anda sempre de decotes e me dá beijos na boca sempre que saímos e bebemos um bocado mais de álcool» ou «Mas eu nunca gostei de futebol!». Simplesmente já tínhamos lido isso no manual.

  • O material falso era mais facilmente reconhecido.

  • Ia também ouvir muito menos vezes que era a desilusão da vida dela. A não ser que não lesse o manual. Ou que lesse e passado algum tempo me tivesse esquecido que tinha lido. Já me aconteceu ler um livro e passado 1 ano e meio não me lembrar de nada do livro. Sabia o título mas não sabia nada, nicles, zero. Imaginem (sim, vocês os dois que continuam a ler o blog dia após dia) que liam o manual hoje e daqui a 3 semanas não se lembravam de nada. Pronto, podiam passar por ser a desilusão da vida dela e ainda tinham perdido tempo a ler a porcaria de um manual de instruções que deve ser de enlouquecer. 

Imaginem se for a própria a escrever o manual. Que salgalhada que deve ser e cheia de riscos a substituir o que escreveu anteriormente umas 300 vezes por cada frase. Por isso é que o manual de instruções de cada moça devia ser escrito pelo pai. Ou pelo melhor amigo homossexual da moça quando ela atingisse a maioridade. Porquê homossexual? Porque se fosse pelo melhor amigo heterossexual ou não havia manual, ou não havia amigo ou tinha uma página e dizia algo do género «bastante comestível». Se tivesse mais que isso, o amigo era homossexual e era um bom manual. Ou não, ia parecer um genérico do «Donas de casa desesperadas» ou uma porcaria assim.






P.S.: Os homens já vêm com um manual de instruções básico. Tem dez regras: 1) só sabemos o que é o simples, 2) gostamos mais do que é fácil, 3) cerveja, por favor, 4) desporto é responsável por 80% das nossas conversas, 5) 90% do que vemos na televisão é desporto, 6) pornografia não é traição, 7) nenhuma moça deixa de ser encavável até a encavares e ela ser grande chata, 8) o nosso conceito de amiga é muito alargado, 9) não vemos os canais de moda por causa das colecções e das novas tendências, 10) desejamos que as moças venham com um manual de instruções.

sexta-feira, 13 de abril de 2012

A minha cama podia ser a minha namorada

Quem vir este título pensa há quanto tempo eu não tenho uma namorada para poder dizer uma coisa destas. Há algum já. E quando digo algum é muito. Na verdade nem me lembro bem de qual foi a última namorada que eu tive e que pelo menos ela soubesse que era minha namorada. 


Contudo, parece-me a mim, no meu perfeito juízo enquanto comido do cérebro, ir divulgar verdades universais sobre aquela espécie de relação humana que se chamou vulgarmente de namoro. Isto do namoro, noutras variantes, poder-se-ia chamar de escravatura, sadomasoquismo, tortura, serviço comunitário, aprisionamento indevido ou privação da liberdade própria e/ou alheia.  Noutros âmbitos mais alargados chamou-se também serviços sexuais a tempo inteiro ou, para moços mais sensíveis, serviços emocionais apenas e só. É verdade, domino isto da legislação e dos direitos.


Passando esta parte à frente, a pergunta que se impõe é: o que tem a minha cama a ver com uma possível namorada minha? Deixo-vos alguns exemplos para reflectirem e servir como pontos de comparação:

  • Quando passo pouco tempo com ela, fico cheio de saudades e não vejo a altura em que vou passar um dia inteiro com ela;
  • No entanto, quando passo muito tempo seguido com ela, chega uma altura que já nem sei o que fazer com ela e fico farto;
  • Trato-a com relativamente mais carinho do que outros objectos que possuo; 
  • Trato-a como se fosse uma «ela»;
  • Quando estou muito pesado ela começa a chiar e ou mudo eu ou mudo de cama;
  • Apesar de gostar muito dela, necessito de outras coisas nela para ser ainda mais feliz (isto é, almofadas);
  • No verão, ela está mais fresca, no Inverno, está com mais roupa;
  • Os meus pais encorajam-me a passar tempo com ela porque faz-me bem mas são os primeiros a criticar-me quando passo tempo demais com ela;
  • Não a divido com nenhum outro homem;
  • Não lhe conto quando durmo noutra cama;
  • Depois de dormir com ela sou obrigado a fazer-lhe algum gesto querido (isto é, fazer a cama. Maior parte das vezes a mando de outra pessoa);
  • Toda a gente me julga quando a deixo destapada ou descoberta;
  • Os meus amigos inventam alcunhas para mim por passar muito tempo com ela e tentam a todo o custo tirar-me da beira dela;
  • Uso menos roupa (ou nenhuma mesmo) quando estou com ela do que no dia-a-dia;
  • É à noite que a nossa relação mais se consuma;
  • Quando estou com ela quero é descansar e dormir mas às vezes ela não me deixa;
  • As pessoas tendem a homossexualizar a nossa relação ao oferecer peluches ridículos ou camisolas (entenda-se por camisolas, colchas, que é outra palavra homossexualizante) com cores berrantes (felizmente não há decotes para camas, como há para homens ...);
  • Nunca falo com ela e, se ela fala comigo, não percebo nada do que ela me diz.
Pensando bem, agora que me lembro, acho que foi por este último ponto que o meu último namoro acabou. E foi com uma pessoa, não com uma cama. Ou foi ... ?

terça-feira, 10 de abril de 2012

Pensamentos recorrentes quando queres dormir

Situação: estás naqueles dias em que só queres chegar à cama, deitares-te e dormir bem para no dia a seguir já não teres aquelas dores de cabeça horríveis que tens agora. Quando finalmente consegues ir para a cama, deitas-te, mas não consegues dormir. Passados quarenta segundos sem conseguires dormir, o teu cérebro começa a divagar com pensamentos estúpidos que apenas fazem com que demores ainda mais a adormecer. Pior que isso, não consegues parar de fazer associações estúpidas em relação ao que estavas a pensar. Normalmente adormeces entre uma hora a duas horas e meia depois e no dia a seguir ainda acordas pior.


Eis alguns exemplos de pensamentos que te podem passar pela cabeça nessas alturas:



  • «o que é que comi ao almoço na última semana ?» (pensa-se primeiro no que se comeu no dia anterior, depois no que antecedeu esse e sempre por essa ordem ...);
  • «o que é que vou fazer amanhã?»;
  • «há quantas horas dei a minha última mija?»;
  • «como seria bom se o cérebro tivesse um botão 'off' ...»;
  • «cabrão do mosquito, agora é que não vou conseguir dormir até o matar»;
  • «e se eu me levantasse e fosse ver televisão ?» (em 95% dos casos ficam na mesma na cama);
  • «que raça de cão é que eu seria ?»;
  • «a minha ex-namorada agora parece um bulldog, é feia e gorda ...»;
  • «há quanto tempo é que eu não namoro ?»;
  • «quantas gajas já estiveram no meu carro ?»;
  • «há quanto tempo não como um chipicao ?»;
  • «o Chipicao de morango existiu ou é só um mito?»;
  • «há alguém chamado Onofre?»;
  • «amanhã vou escrever no blog. Tema ... Tema .... Tema ...»;
  • «Nunca mais vou escrever no blog. Ninguém lê ...»;
  • «Ahaha deve ser assim que o Jorge Abel passa os dias dele»;
  • «Granda comichão ...» (onde quer que seja passa os próximos vinte minutos a coçar);
  • «Txiiii já estou nisto há quase duas horas ... Vou masé ver televisão ...» (em 95% dos casos volta a ficar na cama);
  • «Quem me dera não ter cérebro ...»;
  • «Vou parar de pensar em 3, 2, 1 ......... Bah, não consigo»;
  • «E se eu fizesse uma direta ? É isso, vou-me levantar e ver televisão !!!» (em 99% dos casos fica na cama e adormece cinco segundos depois).

P.S.: Se não te revês (sim, tu, a única pessoa que está a ler este post) no que foi dito é porque não és um comido do cérebro. A mim aconteceu-me ainda esta noite, por isso tenho tema para escrever no blog. Não que eu pense sempre no Jorge Abel quando estou a dormir com a t-shirt do blog que ninguém quis ganhar, mas por acaso lembrei-me dele esta noite. Não sou homossexual só por escrever no blog, mas o Jorge Abel é porque no outro dia foi sair com o Ramiro e não disse nada a ninguém, mas isso são outras histórias, ele se quiser que conte que eu não sou o bufo do blog. Agora o Jorge Abel é. 

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Síndroma Michael Schumacher

Carros. Quem tem carro, conduz. Mais do que quem tem carta, visto que há mais moços e moças com carta que não conduzem do que moços a conduzir sem carta. E muitos dos que conduzem sem carta, conseguem fazê-lo melhor do que alguns que têm carta. Principalmente aqueles que só conduzem aos feriados e aos domingos.


Nunca percebi bem essa do «condutor de domingo». O que passará pela cabeça de alguém para, chegar a domingo e pensar «aaaah, finalmente vou pegar no carro, porque é domingo e não conduzo em mais nenhum dia da semana a não ser este». Não consigo perceber. Para mim, um «condutor de domingo» é alguém que conduz mal sempre. Mas ao domingo, quando conduz, dá mais nas vistas porque há menos carros na estrada. E, infelizmente para os que conduzem bem e também têm que conduzir ao domingo, levam com estes em maior frequência.


Quem conduz com frequência acaba por desenvolver um conjunto de características inerentes ao acto de conduzir. A esse conjunto de características que irei apresentar em seguida dou o nome de Síndroma de Michael Schumacher, um género de perturbação social verificado entre condutores regulares (e não de domingo).


Eis os critérios:


A) Comportamento de risco na estrada, conduzindo de forma agressiva, em excesso de velocidade permanente e efectuando manobras perigosas, ultrapassando alguém que, por exemplo, vá «só» a 50 km/h num percurso citadino;


B) Não há consciência do perigo inerente à condução nem crítica em relação à sua perturbação;


C) Crença inabalável de que os efeitos negativos do seu estilo de condução só acontecem aos outros e que a si nunca irão acontecer;


D) O indivíduo com perturbação exibe alguns destes comportamentos, isoladamente ou em simultâneo:


       1- quando ultrapassa alguém sente um gozo e uma felicidade enorme;
       2- vocifera insultos quando alguém à sua frente vai muito devagar;
       3- nunca para para deixar passar alguém na passadeira a não ser que a pessoa já siga a meio;
       4- sempre que vê o sinal amarelo, acelera o máximo que puder;
       5- nunca cede passagem a ninguém a não ser que seja obrigado;
       6- os sinais STOP não implicam nenhuma obrigação;
       7- pode, com frequência derrubar mecos e árvores ao fazer marcha-atrás;
       8- a condução dos outros, é sempre, alvo de crítica e análise constante;


E) Ser ultrapassado por alguém gera um mal-estar significativo, provocando manifestações de tristeza, ansiedade, confusão da identidade, irritabilidade e angústia, que só é invertido se voltar a ultrapassar alguém ou o condutor que o ultrapassou anteriormente;


F) O condutor com esta perturbação vê o acto de conduzir como uma corrida de Fórmula 1;


G) Pode acontecer, com frequência, que se o passageiro que segue ao lado do condutor fizer um comentário depreciativo sobre a sua condução, o indivíduo com esta perturbação pode expulsá-lo do carro e recusar a entrada no seu carro a essa pessoa por um período de tempo entre 3 meses e 10 anos.






P.S.: Não vale a pena estarem-se a rir deste post (os poucos que o conseguirem fazer) porque quem conduz tem, em maior ou menor grau, esta perturbação, exibindo os comportamentos com maior ou menor intensidade, variando de caso para caso.

segunda-feira, 2 de abril de 2012

O chocolate dos homens.

Estamos naquela altura do ano em que as moças comem chocolate desenfreadamente e depois ficam com complexos de culpa. Bem vistas as coisas, isso acontece o ano todo. Mas nesta altura do ano, como há mais diversidade nos chocolates, com os 500 tipos de amêndoas, os ovos de chocolate, os coelhos de chocolate, tudo parece ser de chocolate. 


Tenho uma amiga minha (sim, eu tenho amigas. Não tenho namorada nem nenhuma daquelas moças que as pessoas dizem que é 'especial'. Mas o que é isso de alguém ser uma 'moça especial'? Como se as outras fossem todas um lixo e não fossem especiais. Mas adiante, tenho amigas, sim. Ser comido do cérebro só me impede de ter relacionamentos sérios. Não que a amizade não seja um relacionamento sério mas, sabem que mais, vou-me ficar por aqui.) que me diz que nós os moços é que temos sorte porque não comemos muito chocolate e não engordamos como elas. 


Pois, essa afirmação levou-me a pensar que realmente nós não comemos o chocolate que elas comem. Certo. Mas, por outro lado, pensando bem, nós, moços, temos o nosso próprio chocolate, com as mesmas funções que o chocolate tem para as moças. Claramente, estou a falar de cerveja.


Vejamos então porque é que a cerveja tem o mesmo papel para os moços que o chocolate para as moças:



  • Quando um moço está deprimido bebe uma cerveja ou o melhor amigo leva-o a beber uma cerveja. Quando uma moça está deprimida come chocolate ou a melhor amiga leva-lhe um chocolate;

  • Quando um moço está em êxtase, sai de casa para beber uma cerveja, sozinho ou acompanhado. Quando uma moça está muito contente come um chocolate para festejar;

  • Quando um moço bebe cerveja a mais fica inchado, arrota com frequência e até pode levar a diarreias. Com o chocolate acontece exatamente o mesmo;

  • Normalmente, os moços gostam da cerveja normal, ainda que também haja a cerveja preta. Com o chocolate acontece o mesmo, ainda que haja aquela conversa que o chocolate negro não tem tantas calorias (factos que só interessam mesmo a moças, aqueles moços que andam no ginásio para desgastarem calorias e para aqueles moços que namoram com os que andam no ginásio para desgastarem calorias);

  • A cerveja nacional é boa e recomenda-se mas, tal como acontece com os chocolates, há aqueles moços que preferem beber cerveja belga ou alemã;

  • Há moços que gostam de Minis (ainda que não mereçam o meu respeito). Outros gostam da cerveja no tamanho normal (33 cl). Os finos são em copos de 20cl e os príncipes em copos de 40cl. Ainda há aqueles moços que compram os barris para levarem para casa. No chocolate também há as miniaturas, os pequenos, as tabletes grandes e as extra-grandes (uma moça que coma uma destas inteira fica exatamente igual a um moço que beba um barril inteiro de cerveja);

  • Se oferecerem a um moço nos anos uma grade de cerveja ele fica tão contente como se alguém oferecer a uma moça uma tablete de chocolate;

  • As moças dizem que nós bebemos demasiada cerveja e exageramos no consumo. Nós dizemos o mesmo sobre as moças e o chocolate;

  • Não há nada melhor para um moço que chegar ao fim de um dia cansativo e beber uma cerveja geladinha. Para as moças, não há nada melhor que comer um chocolate durante qualquer dia que seja;

  • Quando um moço está num café com os amigos conta as cervejas que bebeu, tal como as moças contam os quadradinhos de chocolate que comeram num dia;

  • Não há nada melhor para um moço que beber uma cerveja enquanto vê um jogo de futebol. Para as moças não há nada melhor do que comer chocolate enquanto vêem um filme ou uma novela;

  • Seja beber uma cerveja ou comer chocolate, qualquer um dos dois é melhor que perder tempo a ler um post do Jorge Abel.