Depois de me focar muito em televisão decidi voltar à vida real. Ou pelo menos aparentemente real. Não, é mesmo real. Acho eu. Não interessa, não precisam de saber que não ando a tomar os anti-psicóticos. Apesar de ter acabado de vos dizer. Mas se fingirem que não leram é como se não soubessem, certo? Bem, isto agora parecia eu nos meus testes de francês, em que uma vez copiei o teste todo e como não sabia o que estava a copiar, só tirei 62%.
Quem anda bem da vida é o Júlio Facadas lá pelo Quirguistão. Soube no outro dia pelo Rebelo, que estava a falar com a tia do Marcelo Peixeiro. É um bocado feio ouvir conversas que não me dizem respeito, mas eu estava à espera que o Rebelo me dissesse qual a diferença entre um pepino e uma courgette. Não que me interessasse, nem sequer ia comprar, mas ele estava a meio de uma daquelas histórias dele em que por exemplo «apertar bem as porcas» não é ele a fazer de picheleiro mas é ele no sexo.
Por falar em sexo, há uma prostituta que agora à noite anda sempre a ir para uma paragem de autocarro desactivada, aqui perto de minha casa. No outro dia passei lá de carro e vi-a e pensei que as prostitutas e os taxistas são mais ou menos iguais. Vejam lá porquê:
- Estão sempre à espera de um cliente. Quando passas por um dos dois, olham para ti a avaliar se tens interesse ou não nos seus serviços;
- Encontram-se em locais mais ou menos públicos à espera de clientes. Normalmente não abordam as pessoas, só esperam para ser abordados. Mas já vi o contrário;
- Se não encontrares nenhum na rua podes sempre ligar-lhes para o número de serviço, se tiveres algum cartão ou algum amigo que já tenha lá ido;
- Em ambos os casos, o início é constrangedor e a conversa é de circunstância;
- Sabes bem que não és o primeiro cliente de sempre nem vais ser o último desse dia;
- Embora às vezes estejas um pouco reticente em usufruir deste serviço, principalmente por ser caro, sabes que são profissionais e que não há ninguém melhor para o serviço em questão;
- Ficas sempre com a sensação que são pessoas que nem acabaram o 9º ano mas que ganham mais dinheiro que tu ao fim do mês;
- São ambos muito mais solicitados à noite, perto de discotecas e, com qualquer um dos dois, o teu grande objectivo é chegares a casa;
- Em ambos os casos, tem muito mais piada quando vais lá com amigos. Sozinho nem sabes o que dizer nem fazer;
- Na maior parte das vezes em que recorres a algum dos dois ou estás bastante alcoolizado ou não tens outra saída.
Contudo, há uma grande diferença entre taxistas e prostitutas. Os taxistas também trabalham de dia, altura em que levam as velhinhas a todo o lado. Nisso as prostitutas não têm consideração pelos velhinhos, se quiserem lá ir têm que se deitar tarde nesse dia, que elas só trabalham à noite. Outra grande diferença é que os taxistas que encontras na rua não significa que sejam de pior qualidade e mais baratos do que aqueles que estão nos hotéis ou para aqueles que tens que ligar antes a marcar hora. E nunca ninguém foi preso por estar a pagar a um taxista, mas conheço um moço que foi preso por estar a dar dinheiro a uma prostituta. Foi o Jorge Abel. O pascaço queria trocar uma nota de 5€ em moedas para comprar um chocolate numa daquelas máquinas. A moça disse que podia trocar 5€ por uma coisa bem melhor. Ele pensou que ela lhe ia trocar o dinheiro e deu-lhe a nota para a mão mesmo quando estava a passar um polícia e foi preso.
P.S.: Isto do Jorge Abel foi antes dele ir trabalhar para aquela fábrica de tintas. Detesto aquele emprego dele. A única coisa que pode trazer para casa é latinhas de tinta. As primeiras 3 latas até me deram jeito para pintar a entrada de minha casa, mas agora tenho na arrecadação umas 15 latas de tintas e não sei que fazer aquilo. Além disso, com a porcaria do trabalho, deixei de lá ir lanchar e além de ter latas de tinta a amontoar-se, tenho que fazer eu os meus lanches. Vou ver se o chefe dele sabe desta história para o despedir e volto a ir lanchar a casa dele e fazer-lhe companhia.
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