Quem ler o título, vai-se interessar minimamente por saber qual a semelhança entre uma coisa e outra. Seja por gostar de ter relações sexuais, seja por gostar de beber cerveja, seja por gostar das duas coisas mas não andar a fazer nem uma coisa nem outra ultimamente, seja apenas por mera curiosidade. Outros que verão o título e vêm aqui fazer «Page Down» até chegarem à parte dos pontos, que é onde eu realmente debato as diferenças. Para quem estiver a vir aqui a primeira vez, não liguem aos três primeiros parágrafos, sou só eu a delirar sobre coisas que nada têm a ver com o título, façam como os outros que fazem «Page Down». Depois, para outros moços como o Jorge Abel, este texto não tem qualquer interesse pois nem têm relações sexuais, nem bebem cerveja. Se forem como o Jorge Abel gostam é de beber Bayley's de caramelo ou Safari Cola.
Ontem à noite chateei-me com a Paulinha. Estava eu a ver o Pulp Fiction mesmo na parte em que o Bruce Willis aparece e ela começou a dar-me beijos e a tapar-me a visão. Pedi-lhe gentilmente que me deixasse ver a merda do filme e fosse fazer qualquer coisa para a cozinha ou para o computador. Ela foi para o computador e deve ter visto algum filme da Julia Roberts ou aquela porcaria do «Diário de Bridget Jones» que estava para ali a chorar. Quando acabou o Pulp Fiction perguntei se ela queria comer alguma coisa e ela disse-me que já tinha querido, mas que estava a dar o Pulp Fiction. Como detesto sarcasmos e ironias vesti-me e estava a preparar-me para me vir embora, quando ela me pediu desculpa e me disse que não queria ficar chateada comigo.
Eu nem sequer lhe disse que ia comprar cerveja, porque normalmente sou mais tolerante à ironia quando estou alcoolizado. O sexo foi tão recompensador, que nem precisei de cerveja. Contudo, ao pensar nessa situação de ontem, pensei na semelhança entre ter relações sexuais e beber um pack de 10 cervejas:
- Independentemente da quantidade de sexo que tivermos ou das cervejas que bebermos, queremos sempre mais, mesmo que nos digam que já tivemos demasiado;
- A sensação que se tem quando se acaba de se fazer sexo e a de se beber uma cerveja é exactamente a mesma, estamos satisfeitos. O problema surge quando acaba, pelo menos naquele dia, quer o sexo, quer a cerveja. Aí, sentimos tristeza, desalento e pensamos como a nossa vida sem isso é uma merda;
- Quando não temos nenhum dos dois, durante algum tempo, sentimos muito a falta e uma tremenda necessidade de voltar a usufruir desses prazeres;
- Quando não temos nenhum dos dois durante algum tempo, quando voltamos a ter, já não aguentamos a mesma dose e demoramos algum tempo a recuperar o ritmo e o andamento com que estávamos antes da paragem:
- Alimentamos a ilusão que não há nada melhor no Mundo do que ter relações sexuais ou do que beber um pack de 10 SuperBocks;
- Há sempre um amigo que diz que faz isso melhor que nós, mesmo que não lhe tenhamos perguntado nada;
- Quando não se tem a possibilidade de se fazer ambas as coisas com alguém, faz-se sozinho. Não é a mesma coisa, mas ao menos obtém-se o efeito;
- Por falar em não ser a mesma coisa, nos dois casos há os chamados substitutos. Se não pudermos ter relações sexuais, temos sempre a possibilidade da masturbação ou das bonecas insufláveis, assim como no caso de não haver cerveja podermos sempre beber vinho ou outras bebidas. Contudo, por muito que nos queiram convencer disso, não é a mesma coisa, nem sequer tem nada a ver;
- A nossa namorada não aprecia quando fazemos qualquer uma destas coisas sem ela (ou pelo menos sem o conhecimento dela);
- Há muita gente interessante com quem se fazer as duas coisas. Mas também há muita gente que mesmo sem se conhecer é fácil chegar à conclusão que nunca na vida iria fazer nenhuma das duas coisas na sua companhia;
- Conhecemos sempre um moço que achamos que é incapaz de fazer qualquer uma das coisas, ou pelo menos acompanhado, mas depois ele surpreende-nos;
- Na primeira vez nunca nos saímos grande coisa e o nosso desempenho deixa sempre um pouco a desejar;
- Há sempre aqueles moços que mudam imenso e têm a mania que são os maiores, depois de terem tido relações sexuais ou depois de terem bebido 10 cervejas;
- Apesar de muita gente fazer realmente ambas as coisas, há muitos moços que nunca o fizeram (ou que o fizeram pouquíssimas vezes) e que sentem a necessidade de mentir e de inventar histórias sobre isso;
- Em ambas as situações, dá muito mais prestígio social quando é um moço a fazê-lo, enquanto uma moça que faça qualquer uma das duas coisas é sempre mais facilmente julgada pelos outros.
E é isto. Espero sinceramente que me venham outra vez com a conversa que os meus textos são demasiado longos e extensos. Sabem também o que é que é «demasiado longo e extenso»? A Rússia. E precisamente por ser «demasiado longo e extenso» é que o Napoleão e o Hitler foram derrotados lá, quando na altura eram considerados os exércitos mais fortes do Mundo. Quantos anos vai demorar a haver um bolo chamado «Hitler», tal como há um bolo chamado «Napoleão»? Tenho a certeza que mal apareça um bolo chamado «Hitler», vai aparecer um chamado «Mussolini» que é praticamente igual ao «Hitler» mas só muda algumas coisas, pormenores, para poder usar aquele argumento «não sou nada igual. Sou parecido mas não sou igual!». Foi isso que o Mussolini fez durante 10 anos e mesmo assim, na escola, obrigaram-me a estudar os dois. Eu nunca estudei o Mussolini, estudava o Hitler e depois se saísse alguma coisa sobre o Mussolini, escrevia tudo igual como se fosse para o Hitler mas só trocava «Alemanha» e «nazis» por «Itália» e «fascistas». E tive sempre boas notas a História.
P.S.: Vieram-me avisar que o Jorge Abel ontem tinha dito no desabafo dele (porque eu faço delírios, ele faz desabafos. Vocês ainda não se cansaram de serem o diário dele?) que eu numa ocasião tinha comido uma daquelas máscaras revitalizantes que as moças usam e que põem no frigorífico para ficarem frescas. Tenho a dizer que infelizmente é verdade. A minha apetência por gelatina traiu-me. Já comi de ananás e laranja, que são laranjas, de limão e banana, que são amarelas, de morango, que é vermelha e de maracujá, que é uma mistura de laranja e amarelo. Mas nunca tinha comido nenhuma gelatina azul. Pensei que fosse para aí de mirtilo ou uma porcaria dessas. Aquilo soube-me muito mal, fez-me lembrar quando usava Head and Shoulders e uma vez no banho veio-me um bocado para a boca e soube-me meio a eucalipto, meio a produtos químicos. Não recomendo a ninguém comer, só recomendo se quiserem vingar-se de algum amigo ou de alguma moça, nesse caso é o ideal.
Ninguem gosta de nada "demasiado longo e extenso". O ideal é que tenha o comprimento suficiente para ... o que quer que seja. Neste caso, admito que o texto teve o comprimento suficiente para que se conhecessem as semelhanças entre ... - o que está no título. Pronto, mais uma vez, fui contra o teu pedido, não é? Tivesses descoberto o nome do caçador do Jumanji! Deixaste-me a sofrer de curiosidade (sim, disse "sofrer", porque, como deves ter reparado, não morri) e eu ainda não consegui acabar com o meu sofrimento, nem após ter relações sexuais nem depois de beber um pack de 10 cervejas da SuperBock, atenção! Que nada as supera. Não me venham cá com Sagres ou Heineken.
ResponderEliminarJa agora, se houvesse um bolo chamado Hitler, adorava que fosse de morango. Mas daquele morango que sabe a framboesa ou a amora. É o meu preferido. Assim sabia que sempre que fosse a algum lado, haveria sempre um para mim, porque nem tu o ias comer, nem a Paulinha o ia levar para ti.
Para já, o caçador do Jumanji é o Van Pelt.
ResponderEliminarEstás a dizer que o bolo do Hitler ia saber como as tortas Dan Cake, que não são um híbrido entre o morango, a framboesa e a cereja de congelador? Esse ia ser o Mussolini.
Não posso falar de marcas de cerveja até o texto do Lucindo vir ao de cima. E escusavas de vir para aqui esfregar na cara das pessoas que tiveste relações sexuais, principalmente quando o Jorge Abel lê os meus textos.
Van Pelt, sim senhor. Que nome mesmo à caçador. Aposto que este é da família do Van Damme.
ResponderEliminarMas espera lá, então no primeiro parágrafo dizes que este é daqueles textos que não tem interesse para o Jorge Abel e agora dizes que ele lê os teus textos? Não me digas que ele é aquele amigo que lê os textos mesmo que não lhe interessem, minimamente,só para fazerem o amigo feliz ... Bem, está visto porque é que é preciso esfregar-lhe na cara que tive relações sexuais, já que ele nunca acede à oferta da Xana que lhe diz que ele pode ir sempre lá a casa esfregá-la, onde ele quiser.