Voltou o calor e, mais do que as gordas outra vez a mostrarem os seus tops extremamente curtos para a sua estrutura «óssea», volta um fenómeno ainda pior: os mosquitos. Normalmente não me queixo dos bichos. As aranhas fazem-me lembrar o SpiderMan, que é o melhor desenho animado de sempre, os gafanhotos fazem-me lembrar as pragas no Egipto e como deve ser espectacular ser um Deus responsável por pragas em vez de se fazer só milagres e os escaravelhos fazem-me lembrar «A Múmia», quando aqueles escaravelhos comeram em 5 segundos o director da prisão. E ele era bem gordo! Era como se eu comesse um bife de 2,5 kg em 5 minutos.
Mas os mosquitos são os piores. Não por me chuparem o sangue que, se fosse por aí, ia ser o animal escolhido para uma nova série homossexualizante em que uma moça ia estar apaixonada por um moço que se transformava em mosquito e batalhava contra o seu instinto básico de chupar o sangue em prol do amor. Os amantes do «Sexo e a Cidade» iam ter uma nova série para ocuparem o seu horário tão preenchido entre comprar uma «écharpe» roxa ou comprarem Tofu numa loja de comida macrobiótica. Mas não é por isso que detesto os mosquitos (embora, neste cenário, os fosse detestar ainda mais), é mesmo pelo que eles fazem à noite (se bem que fizessem coisas mais questionáveis no caso daquela série).
Perguntam-se vocês então a diferença entre os mosquitos e a minha ex-namorada (que, já agora não vou dizer o nome e, se por acaso escrever é porque me enganei e tenho o 'Delete' estragado). Vejam lá por vocês:
- Os mosquitos esperam pela noite para me atormentarem, sem me deixarem dormir. A minha ex-namorada não esperava por isso, atormentava-me a qualquer hora. Ainda me lembro quando eu fazia as minhas sestas pós-lanche, que era para não sentir muita fome até ao jantar e ela interrompia-me sempre com mensagens tão inúteis como «já lanchaste?»;
- Os mosquitos chateiam-me a mim e às pessoas todas, no geral. Todos se queixam dos mosquitos. A minha ex-namorada só me chateava a mim, mas todos se queixavam dela. E há um montão de moços a queixarem-se das ex-namoradas deles. Não sei realmente onde está a diferença aqui. Se calhar, por vezes, os zumbidos dos mosquitos são mais agradáveis do que os berros da minha ex-namorada. Ah, exacto, é esta a diferença;
- Os mosquitos andam à minha volta a azucrinar-me a cabeça para me chuparem o sangue e se alimentarem. A minha ex-namorada, além de nunca querer chupar nada, só me chateava a cabeça para controlar a minha vida e me obrigar a ir com ela ao shopping entrar nas lojas todas para não comprar nada;
- Os mosquitos são um fenómeno do Verão. A minha ex-namorada chateava-me todos os dias. Ainda bem que só durou um mês. Nisso a cena dos mosquitos é pior, que o Verão dura três meses e eles só se vão embora mesmo no fim, como aqueles moços que só saem das discotecas quando o segurança fecha a porta, mesmo que não esteja lá mais ninguém;
- Se eu quiser posso matar os mosquitos que me apetecer, como me apetecer e sem ter que prestar declarações sobre isso a ninguém. Pronto, é só isso. Concluam o resto, que fica mal dizer em público que às vezes me apetecia matar a minha ex-namorada, esconder o corpo dela na mala do carro do Tolentino e deixá-la ficar lá até arranjar daquele ácido que corrói os corpos sem deixar pistas. Ainda por cima a filha do juiz Porcelana anda por aí e facilmente me pode incriminar;
- Quando os mosquitos mordem e chupam o sangue quase nem dás por isso. No dia a seguir tens ali um bocado vermelho mas depois passa. Quando a minha ex-namorada se punha a chatear-me começava num dia e passado uma semana ainda não se tinha calado com o assunto. Como se tirar fotografias com duas moças que estavam em Erasmus numa discoteca fosse algum crime. E como se eu tivesse culpa de não saber o que fiz nessa noite, como se fosse o culpado da minha memória falhar;
- Se um mosquito me chateia a cabeça a noite toda e me inflige danos ninguém quer saber o que se passou nem oferece ajuda. Quando a minha ex-namorada me chateava, toda a gente vinha falar comigo a dizer que se eu precisasse de desabafar podiam contar comigo. Detesto essa merda das pessoas quererem ouvir os teus desabafos quando pensam que estás triste mas que se recusam a ouvir os meus desabafos sobre o facto de ter deixado de receber a Dica da Semana no meu correio há já algum tempo;
- Mesmo que eu seja uma merda, nenhum mosquito me vai comparar com outras pessoas que já chateou e ferrou antes de fazer o mesmo a mim.
Claro que agora que o Jorge Abel é um entendido do amor vai-me ligar a perguntar se ainda estou sentido com o fim deste namoro. Claro que estou sentido! Deixei um comando da Play Station em casa dela uma vez e agora não posso aparecer lá só para ir buscar o comando. E aquela porcaria custa 30 euros! 30 euros, além de serem 6 contos, são para aí 4 Bailleys daqueles que paguei à outra cabra. Mas não foi a esta última. O máximo que paguei a esta foi um Gatorade de laranja quando ela me disse que se sentia esgotada emocionalmente. Na altura só ouvi que ela estava esgotada e então comprei-lhe o Gatorade, ela depois é que disse que era emocionalmente. Mas como o Gatorade já estava pago e já, bebeu e até lhe soube bem. Nunca sabia o que queria o raio da moça.
P.S.: Eu gosto de pensar que escrevo para as mesmas 4 pessoas que vinham cá no início fazer-me o favor. Mas de repente olho para a minha página no Facebook, aquela em que me sinto importante, e vejo 49 pessoas. Portanto, ou são só pessoas a fazer número ou 45 pessoas estão ali para ler os textos do Jorge Abel ... Na minha página?!?! Como se atrevem?!?! Se gostam tanto dele criem uma página para ele, por exemplo «Eu juro que nunca vou trabalhar na Robialac». Pode ser que ele se sinta ainda mais importante, crie um blog só dele e deixe de vir aqui estragar O MEU.
Sem comentários:
Enviar um comentário